Segundo o ACI (02/07/2023), o papa Francisco disse que seu discurso no ângelus de domingo (2) que toda pessoa batizada é chamada a ser um profeta moderno, que vive como testemunha de Jesus para os outros.
O papa lembrou que, em nosso batismo, cada um de nós recebeu “o dom da missão profética”.
O papa, ao dirigir-se a cerca de 15 mil peregrinos e turistas reunidos na praça de São Pedro, disse que um profeta não é um tipo de mágico que pode prever o futuro.
“Esta é uma ideia supersticiosa e um cristão não acredita em superstições, como magia, cartas de tarô, horóscopos e outras coisas semelhantes”, disse, lamentando que “muitos, muitos cristãos vão fazer a leitura das palmas da mãos”.
“Um profeta é um sinal vivo que indica Deus a outros, um profeta é um reflexo da luz de Cristo no caminho de seus irmãos e irmãs”, explicou, ao convidar todos a se perguntarem: “Vivo como uma testemunha de Jesus?”
“Levo um pouco de Sua luz à vida de outra pessoa? Me avalio sobre como faço isso? Pergunto a mim mesmo: como é o meu testemunho, como é a minha profecia?”, disse o papa.
O papa Francisco fez seu discurso semanal de domingo e rezou a oração mariana do ângelus de uma janela do Palácio Apostólico.
Ele disse que não apenas cada pessoa batizada é chamada a ser testemunha profética de Cristo, eles também devem acolher outros cristãos em sua identidade como profetas.
“É importante acolher a cada outro como tal, como portadores da mensagem de Deus, cada um de acordo com o seu estado e vocação, e fazendo isso onde vivemos – que é, na família, na paróquia, na comunidade religiosa, em outros lugares na Igreja e na sociedade”, disse o papa.
“O Espírito distribuiu dons de profecia entre o povo santo de Deus. É por isso que é bom ouvir a todos”, acrescentou.
Seu conselho para tomar uma decisão importante é rezar antes de tudo e clamar ao Espírito Santo.
“Mas, então, ouvir e dialogar confiando que cada pessoa, mesmo a mais pequena, tem algo importante a dizer, um dom profético a compartilhar. Assim, se busca a verdade e o clima de ouvir a Deus e nossos irmãos e irmãs é espalhado…”, disse Francisco.
“As pessoas devem se sentir aceitas e valorizadas porque são dons, e não apenas porque dizem o que gostamos de ouvir”, disse o papa.
O papa disse que poderíamos evitar ou resolver um monte de conflitos ao ouvir a outros com o desejo de entender.
“Então, finalmente, nos questionemos: eu sei como acolher a meus irmãos e irmãs como dons proféticos? Eu acredito que preciso deles? Eu escuto a eles respeitosamente, com o desejo de aprender? Porque cada um nós precisa aprender de outros”, disse.
Após rezar o ângelus, o papa Francisco relembrou a importância de continuar a rezar pela paz ao redor do mundo.
“Mesmo neste tempo de verão, não nos cansemos de rezar pela paz, especialmente pelo povo ucraniano, [que está] tão atribulado”.
“E não negligenciemos as outras guerras, infelizmente por vezes esquecidas”, acrescentou, “e os vários conflitos e confrontos que ensaguentam muitos lugares na terra”.
“Tenhamos interesse no que está acontecendo, ajudemos os que sofrem, e rezemos, pois a oração é a força gentil que protege e sustenta o mundo”, concluiu o papa.
