Papa escolherá “grandes questões” para estudo mais aprofundado no Sínodo da Sinodalidade, diz Santa Sé

Segundo o site ACI Digital (13/12/2023), o papa Francisco fornecerá informações sobre as “grandes questões” nas quais serão focadas na próxima sessão do Sínodo da Sinodalidade, em outubro do ano que vem, revelou na terça-feira (12) a Santa Sé em um novo documento.

Os exemplos incluem questões relacionadas com a ordenação de mulheres ao diaconato, revisões do direito canônico das Igrejas Orientais e uma revisão do documento Ratio Fundamentalis da Santa Sé, que serve de base para a formação de sacerdotes e diáconos.

Segundo o novo documento, esses estavam entre os temas considerados “questões de grande relevo” que surgiram durante a primeira sessão do Sínodo em outubro e exigem consideração “a nível de toda a Igreja e em colaboração com os Dicastérios da Cúria Romana”.

Uma lista desses tópicos será enviada ao papa Francisco para revisão, e o papa vai indicar em janeiro quais tópicos requerem um estudo mais aprofundado. O novo documento não detalha quem são os especialistas nem como serão selecionados.

Divulgado na terça-feira (12) pela Secretaria Geral do Sínodo, o escritório da Santa Sé que coordena o processo consultivo sinodal em andamento, o documento de quatro páginas, intitulado “Até outubro de 2024”, detalha “os passos a dar nos meses que nos separam até a Segunda Sessão da Assembleia Sinodal”.

A primeira sessão de um mês do Sínodo da Sinodalidade, um processo plurianual iniciado pelo papa Francisco para melhorar a comunhão, a participação e a missão da Igreja, foi concluída em 29 de outubro com a finalização de um relatório de síntese de 42 páginas. Espera-se que a sessão de outubro de 2024 produza um relatório final, que será apresentado ao papa Francisco para sua consideração na publicação de qualquer ensinamento relacionado.

O novo documento exige um feedback sobre o relatório de síntese dos níveis local e nacional. Enfatizando que isto não deve ser interpretado como “uma questão de começar do zero ou de repetir o processo de escuta e consulta que caracterizou a primeira fase”, observa que “cada Igreja local é convidada a concentrar-se nos aspetos em relação aos quais acredita que pode dar o seu contributo, com base nas suas próprias peculiaridades e da própria experiência, partilhando boas práticas que representem focos de sinodalidade concreta”.

Segundo o documento, este processo será um momento para as dioceses refletirem sobre as “questões de grande importância” que devem ser norteadas pelo objetivo central da questão central do Sínodo: “Como podemos ser Igreja sinodal em missão?”

“As Igrejas locais são também convidadas a percorrer todo o Relatório de Síntese e recolher os pedidos mais consentâneos com a sua realidade”, afirma o documento. “A partir daí, poderão promover as iniciativas mais adequadas para envolver todo o povo de Deus”.

Uma vez concluído este processo, estes vários relatórios apresentados pelas dioceses serão compilados num documento de oito páginas que será enviado à Secretaria Geral do Sínodo até 15 de maio de 2024, formando a base do Instrumentum Laboris (ou documento de trabalho) que será usado pelos membros da assembleia da segunda sessão do Sínodo em outubro de 2024.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/56921/papa-escolhera-grandes-questoes-para-estudo-mais-aprofundado-no-sinodo-da-sinodalidade-diz-santa-se

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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