Carlo Casine
Magistrado conselheiro da Corte Suprema de Cassação Italiana. Docente no Pontifício Ateneo Regina Apostolorum, Roma. Foi membro do Parlamento italiano e do Parlamento Europeu. Membro do Comitê nacional de bioética italiano da Pontifícia Academia para a Vida. Numerosas publicações.
[Resumo]
O respeito à vida humana é um preceito fundamental de todas as grandes tradições morais da humanidade. Privar a criança da proteção legal vai contra a aspiração universal à salva-guarda dos direitos fundamentais de cada ser humano. Uma norma que legaliza o aborto está em contradição com este patrimônio moral e legal e, assim, para fazê-Ia passar, é necessário recorrer à antilinguagem. A “interrupção voluntária da gravidez” é um dos eufemismos mais devastadores propagados pelos promotores do aborto. Implica, ademais, uma evidente mentira: normalmente o verbo interromper se refere a uma parada temporária, à suspensão de um processo iniciado e que pode ser restabelecido. Fala-se de interrupção do fluxo elétrico, de interrupção de um jogo por causa de um acidente. Na expressão citada, a gravidez não é interrompida mas terminada; põe-se fim à vida da criança.
(Dignidade do embrião humano; Direito ao aborto; Interrupção médica da gravidez; Maternidade sem riscos; “Partial birth abortion”; Procriação assistida e FIVET; Status jurídico do embrião humano; Vida e escolha livre: “pro choice”).
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Leia o texto integral, entre outros, em Lexicon: termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas, Pontifício Conselho para a Família, Edições CNBB.