Angel Rodriguez Luño
Professor de teologia moral fundamental na Pontifícia Universidade Santa Croce, Roma. Consultor da Congregação para a Doutrina da Fé. Numerosas publicações.
[Resumo]
Um trecho da Encíclica Evangelium Vitae tornou-se famoso pelas interpretações aberrantes das quais foi objeto. Esquecidos do conjunto do texto e ansiosos em nele achar aquilo que não contém, certos “intérpretes” procuraram neste documento a aprovação do voto em favor de leis que autorizam o aborto quando dentro de certos limites. Tal trecho da encíclica foi, de fato, usado abusivamente para induzir os cristãos a apoiar leis iníquas, não só por via parlamentar mas também por referendo. É necessário, portanto, opor-se a interpretações, que objetivem difundir leituras intencionalmente distorcidas de um texto que é, por outro lado, perfeitamente claro e precedido de fortes afirmações, como aquelas contidas nos números 9, 58, 60 etc da encíclica, como também as do Catecismo da Igreja Católica, no n° 2270, ou do Código de Direito Canônico, no art. 1398.
(Biotecnologia: Estado e fundamentalismos; Controle dos nas- cimentos e implosão demográfica; Demografia, transição demográfica e política demográfica; Família e desenvolvimento sustentável; Família e princípios de subsidiariedade; Novo modelo de “Welfare State”; Princípio e argumento do mal menor).
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Leia o texto integral, entre outros, em Lexicon: termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas, Pontifício Conselho para a Família, Edições CNBB.