Carlo Acutis não tinha tempo para jogos: estudava muito e era catequista, diz sua mãe

Segundo o ACI Digital (24/05/2024), a família Acutis-Salzano recebeu “com grande alegria, porque Carlo tem muitos devotos fiéis em todo o mundo” na quinta-feira (23) a notícia da aprovação do milagre realizado por intercessão do jovem beato italiano, disse a mãe de mãe de Carlo Acutis, Antonia Salzano, à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, poucas horas depois de a Santa Sé aprovar o segundo milagre atribuído à intercessão do beato, que permite sua canonização em Roma.

A decisão representa “um sinal de esperança, pois ele viveu no nosso tempo, com todos os perigos de hoje” e alcançou a santidade, disse Salzano. “É um sinal de que também nós podemos fazer o mesmo”.

O primeiro milagre atribuído a Carlo Acutis, que levou à sua beatificação, ocorreu no Brasil. Em 2020 um menino que sofria de uma doença grave do pâncreas foi curado ao receber bênção com uma relíquia de Carlo Acutis na paróquia de São Sebastião, em Campo Grande (MS) em 2020.

Catequese e devoção à eucaristia

Apesar de gostar de computadores e vídeo games, Carlo “não tinha favoritos, não dedicava tempo a isso”, disse sua mãe. “Normalmente ele não tinha muito tempo, porque estudava muito, tinha muitas coisas para fazer”.

Antonia Salzano diz que Carlo “foi catequista durante cinco anos”.

Além disso, ele passou grande parte de sua vida pesquisando e divulgando milagres eucarísticos e aparições marianas.

Carlo tinha uma “grande devoção mariana”: Nossa Senhora de Fátima

“Carlo era um devoto da Virgem em geral”, diz Antonia, mas “certamente tinha uma grande devoção, que era a Virgem de Fátima”. De alguma forma, o jovem sentiu “que tinha muitas semelhanças com os pastorinhos” que receberam as revelações em Portugal em 1917.

A vida dos pastorinhos “tocou-o profundamente no coração e, sobretudo, as palavras da virgem que falou do inferno, da Santíssima Trindade e dos dogmas que a Igreja nos confirma”, disse Antonia.

Antonia também diz que o jovem percebeu que em Fátima “foi dada uma catequese de 360 ​​graus, onde se concentra toda a nossa fé”.

A data da canonização pode ser divulgada dentro de dez dias

A notícia da canonização de Carlo Acutis não surpreendeu a sua família, que foi informada de todo o processo em suas diferentes etapas com a intervenção de médicos, teólogos, cardeais, etc.

Além disso, para eles a notícia não é tão nova porque “todos os dias recebemos relatos de possíveis milagres de cura. E sabemos que o Senhor, através de Carlo, está fazendo muitos milagres”.

Outra coisa é que, “até a assinatura do papa, não se sabia” que ocorreria a proclamação de santidade para Igreja universal, que vai acontecer em Roma. Quanto à data, Antonia Salzano está convencida de que será divulgada “dentro de dez dias no máximo”, embora possa ser antes. “Temos que esperar um pouco”, acrescenta Antonia.

Carlo diante da morte: “Somos peregrinos do infinito”

Respondendo sobre a difícil circunstância em que Carlo enfrentou o câncer desde muito jovem, Antonia Salzano reflete sobre o fato de que “a morte entra no nosso mundo por causa do pecado, mas Jesus nos salvou, nos deu um grande sinal de esperança, ele ressuscitou”. É por isso que ele nos encoraja a “olhar para Deus, sabendo que Carlo também enfrentou a morte nessa esperança”.

“Ele disse que a morte é a passagem para a verdadeira vida, que não devemos ter medo da morte, mas que só devemos ter medo do pecado e que devemos viver cada dia como se fosse o último dia da nossa vida”, acrescenta a mãe do futuro santo.

“Temos que viver cada dia como se fosse o último dia de nossas vidas. Esta era a sua visão de vida: Somos peregrinos do infinito. Carlo disse que é preciso estar preparado para partir quando o Senhor decidir. O importante é estar na graça de Deus e viver sempre com vista ao infinito”, finaliza Antonia.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/58128/carlo-acutis-nao-tinha-tempo-para-jogos-estudava-muito-e-era-catequista-diz-sua-mae

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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