Segundo o ACI Digital (14/06/2023), a arquidiocese de Santa Fé, Argentina, anunciou que estudará o caso de uma imagem de Nossa Senhora das Dores que, segundo os fiéis de uma paróquia, teria derramado lágrimas.
Segundo informou o portal Aire de Santa Fe, o fato teria acontecido na noite de sexta-feira (9) na paróquia de São Gerônimo, em Coronda, Santa Fe, no final da missa e após uma bênção de cura. Uma menina do coro notou que Nossa Senhora das Dores derramava lágrimas e avisou aos presentes.
O meio diz que os padres que celebraram a missa rezaram diante da imagem e os cerca de 20 fiéis se uniram à oração.
O portal Aire de Santa Fe conta a história de pessoas que dizem que “as lágrimas de Nossa Senhora das Dores correram por todo o seu rosto, mãos e manto preto”, e que os padres verificaram que o manto estava molhado.
“Ficamos profundamente comovidos. O que vivemos é algo que nunca imaginaríamos. Estou chorando desde ontem à noite, quando percebemos as lágrimas da Virgem”, disse um dos fiéis da paróquia. “A menina do coro a descobriu, contou ao pai, o pai veio, viu e confirmou o que a menina tinha falado, e assim todos presenciamos esse momento que eu considero um milagre”.
O arcebispo de Santa Fe de la Vera Cruz, dom Sergio Fenoy, entrou em contato com o pároco local para tomar conhecimento da situação.
Na Igreja “temos um procedimento para fazer um discernimento sereno da situação”, disse o arcebispo ao meio Aire Digital, o primeiro meio a divulgar a notícia. “O que temos que fazer antes de tudo é preservar a menina e a sua família, porque estamos lidando com uma menor. Temos que ter muito cuidado: nós, os pastores, a Igreja e também a mídia”.
Ele também pediu para respeitar a experiência que tiveram os fiéis testemunhas do evento, “porque sem dúvida foi algo muito forte para eles”.
O arcebispo disse que o primeiro passo foi pedir à paróquia um relatório escrito dos fatos para uma primeira análise, conhecer os envolvidos e distinguir as questões de fundo, que dizem respeito à doutrina da Igreja, daquelas outras que dependem da livre devoção dos fiéis.
Depois, a autoridade religiosa poderia permitir algumas manifestações públicas de culto ou devoção, embora aquelas que sejam feitas de forma particular ou privada não necessitem de autorização.
Por último, é preciso fazer uma avaliação do evento e dos possíveis frutos espirituais que nascem do próprio acontecimento.
“Quando passar um tempo suficientemente longo e se verificar que esses frutos são bons, são evangélicos, só então há a possibilidade de julgar se o que aconteceu foi algo sobrenatural ou não”, disse dom Fenoy.
