Em nova entrevista, Bento XVI fala de sua devoção a São José

Segundo o ACI (31/03/2021), o Papa emérito Bento XVI dedicou algumas palavras ao Ano de São José declarado pelo Papa Francisco e pediu aos católicos que leiam a carta apostólica, Patris corde, descrevendo-a como um texto simples “vindo do coração e indo para o coração, mas contendo uma profundidade enorme”.

Em entrevista ao jornal semanal católico alemão Die Tagespost, Joseph Ratziner, hoje com 93 anos, e cujo padroeiro é São José, também falou sobre memórias familiares e impressões de suas peregrinações à Terra Santa.

“É claro que estou particularmente satisfeito que o Papa Francisco tenha chamado a atenção dos fiéis para São José”, disse Bento XVI na entrevista que será publicada na íntegra em 1º de abril.

“Li com especial gratidão e sincera aprovação a carta apostólica Patris corde, que o Santo Padre emitiu por ocasião da elevação de São José ao santo padroeiro de toda a Igreja há 150 anos.”

“Penso que este texto deve ser lido e considerado repetidamente pelos fiéis e, assim, contribuir para a purificação e aprofundamento da nossa veneração dos santos em geral e de São José em particular.”

Na ampla entrevista com a jornalista Regina Einig, o papa emérito refletiu sobre o silêncio de São José. Sua aparente ausência nas Escrituras expressa eloquentemente a mensagem particular deste santo, disse Bento XVI.

“Seu silêncio é, na verdade, a sua mensagem. Ele expressa o ‘Sim’ que ele assumiu ao unir -se a Maria e, assim, também a Jesus”, comentou.

CNA Deutsch, a agência de notícias em língua alemã do grupo ACI, relatou que na entrevista o Papa Emérito compartilhou a tradição de sua família de celebrar o Dia de São José – 19 de março- em sua baviera natal.

Sua mãe poupava para comprar um bom livro para o dia da festa, lembrou. Além disso, para celebrar Josefi, como o dia é chamado na Baviera, a família Ratzinger faria o café do dia com grãos de café recém moídos, que seu pai adorava, mas que a família não tinha recursos para consumir todos os dias. Este café ficava pronto para a primeira refeição do dia, que era tomada sobre uma especial toalha de mesa, colocada para marcar o dia do santo.

Bento contou que “para completar, sempre havia uma flor prímula como sinal de primavera, que São José traz consigo. Finalmente, nossa mãe fazia um bolo com glace. Assim, desde as primeiras horas da manhã, este dia especial de São José era marcado de forma convincente.”

Além disso, Bento descreveu suas impressões pessoais de sua visita a Nazaré, a cidade natal de seu homônimo e santo padroeiro que ele visitou como papa em 2009. Ele também comentou sobre a tradição de invocar São José como intercessor da graça de uma santa morte.

Ademais do título de Custódio da Igreja, São José é invocado em muitos países como “Patrono da boa morte”, dado que ele teve a alegria de morrer nos braços de Jesus e de Maria.

Notando que José não volta a ser mencionado nas Escrituras após a primeira aparição pública de Jesus, como relatado em Lucas 4,22, o Papa Emérito comentou que “a ideia de que ele [José] terminou sua vida terrena aos cuidados de Maria é bem fundamentada. Portanto, pedir-lhe para nos acompanhar gentilmente em nossa última hora é uma forma bem fundamentada de piedade.”

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/em-nova-entrevista-bento-xvi-fala-de-sua-devocao-a-sao-jose-84482

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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