O site ACIDIGITAL (27 de março de 2013) informou que Organizações de defesa da vida dos Estados Unidos e de alguns países da América Latina, fizeram um alerta a respeito do uso ilegal do medicamento misoprostol, habitualmente usado para tratar úlceras gástricas, para provocar abortos e acelerar partos em várias clínicas.
Em um comunicado, a Fundação Família e Futuro (Equador), o Instituto de Formação em Valores (México), a Associação protege a Vida (Uruguai), a Rede pela Vida e a Família e a Organização Não Governamental Investigação, Formação e Estudos da Mulher (Chile), e Personhood (Estados Unidos), alertaram que este medicamente inclusive é vendido sem receita em alguns países, apesar poder provocar a morte da mãe e do nascituro.
O texto recordou que a Food and Drug Administration (FDA) autorizou o uso do misoprostol somente para a prevenção e tratamento das úlceras gástricas. Entretanto, aumentou seu uso na América Latina para induzir abortos no início da gravidez e devido ao seu baixo custo, algumas clínicas o utilizam para acelerar partos.
A doutora em ciências biomédicas pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), Alejandra Huerta, assinalou que entre 10 e 35 por cento dos casos aborto com misoprostol não se completa, podendo provocar hemorragias e, por isso, a necessidade de tirar o que fica do feto por aspiração, agravando o problema de um aborto induzido. No entanto, indicou, em outras ocasiões a gravidez continua, mas provoca altos níveis de intoxicação no bebê que podem chegar a má formações graves ou a doenças congênitas.