O grupo ACI/EWTN Noticias (10 de dezembro de 2013) publicou uma notícia informando que segundo dados do Ministério de Sanidade da Espanha, o número de abortos quase duplicou desde que entrou em vigor a pílula do dia seguinte em 2001.
Este último relatório pelo Ministério de Sanidade aponta que em 2011 foram produzidos 118.359 abortos na Espanha, em contrapartida, em 2001, quando se iniciou a distribuição da pílula do dia seguinte, realizaram-se 69.857 abortos.
Em declarações ao grupo ACIDIGITAL, o doutor José María Simón Castellví, membro do Pontifício Conselho para os Agentes Sanitários (Pastoral da Saúde), assinalou que “não me é estranho que em um mundo relativista se despreze tanto ao embrião. Tampouco me estranha que as estatísticas oficiais estivessem sendo manipuladas”, pois “quem faz um grande mal pode fazer outro”.
O também presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC) destacou que “a pílula do dia seguinte é prejudicial assim como o anticoncepcional, mas o é ainda mais quando atua como antiimplantatória e, portanto, favorece a eliminação de um embrião humano”.
“O embrião ainda não implantado é também pessoa! A pílula do dia seguinte é, portanto, abortiva nos casos em que atua assim, 70 por cento”, assinalou.
Para Simón Castellví, “notícias tristes como esta me reafirmam na reta antropologia e nos ensinamentos da Igreja”.
“João Paulo II dizia que a sexualidade é um dom maravilhoso de Deus aos esposos, para que se aperfeiçoem mutuamente e para que nasçam as crianças. Matar a um inocente no aborto voluntário é algo infernal, que não está de acordo com o respeito pelos direitos humanos dos que tanto se fala em nossas sociedades modernas”, indicou.