Igreja
denuncia influência do satanismo nas gangues de traficantes
CIDADE DO
MÉXICO, sexta-feira, 7 de janeiro de 2011 (ZENIT.org – El Observador) – A formação de exorcistas da Igreja
Católica poderia ser uma das contribuições para enfrentar o clima de violência
generalizada criado pelas gangues de traficantes que disputam território em
várias partes do país e, em muitos casos, estão sujeitas a influências
decididamente satânicas.
Estas foram
as declarações divulgadas recententemente à imprensa pelo sacerdote Pedro
Mendoza Pantoja, coordenador dos exorcistas que desempenham o seu ministério no
vasto território da Arquidiocese de Cidade do México.
A ideia é
que a Igreja Católica possa combater a onda de insegurança que causou 12 mil
vítimas em 2010, e que, em quatro anos, chegou a 30 mil pessoas assassinadas, a
maioria delas como “acerto de contas” entre gangues criminosas.
O Pe.
Mendoza foi enfático ao afirmar que “uma das maneiras de combater a
violência no México é promovendo a fé, falando muito mais de Deus e muito menos
do diabo”.
Em muitas
prisões e investigações sobre os grupos armados e gangues de traficantes de
drogas, foram demonstradas influências diabólicas entre os seus membros, assim
como mutilações, decapitações e assassinatos “rituais” de pessoas da
sociedade, de inimigos de outras gangues e de autoridades policiais.
Outra forma
de combater a violência no México, de acordo com o Pe. Pedro Mendoza Pantoja, é
“a criação de grupos de oração, para salvar as pessoas que foram
influenciadas pelo mal e que podem, às vezes, cometer atos violentos contra a
sua vontade”.
Para o
sacerdote, “a violência facilita que o diabo possa influenciar as pessoas
e por isso é preciso frear sua ação específica”.
A
arquidiocese tem visto aumentar a atividade dos sacerdotes exorcistas a está
procurando que haja um sacerdote encarregado dos exorcismos nos principais
templos da Cidade do México.
“Satanás
tem muitas maneiras de influenciar as pessoas e (essa influência) é mais fácil
naqueles que recorrem à bruxaria, ao ocultismo e aos ritos espíritas”,
acrescentou Mendoza Pantoja, afirmando que “algumas pessoas se afastam de
Deus e buscam a magia, a saída mais fácil dos problemas”.