Votos natalinos ultrapassam a fórmula do “Feliz Natal”

Arcebispo convida a ter clareza quanto à sua significação
BELO HORIZONTE, sexta-feira, 24 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – O arcebispo de Belo Horizonte (Brasil), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, considera que é preciso compreender a origem e a profundidade dos votos natalinos, para que eles produzam os efeitos pretendidos pela riqueza do que significam. 
“Quando se proclamam votos de feliz Natal remetem-se os corações à fonte alimentadora que sustenta e dá sentido à vida. Há o desafio de vencer a desconfiança configurada no mundo contemporâneo”, afirma o arcebispo, em artigo divulgado à imprensa nesta sexta-feira.
“Com a valorização exacerbada do que é evidente, do que se toca, controla e, particularmente, traz satisfação imediata, o coração humano fica despreparado e incapaz de alcançar o que é mais. Tende a caminhar por superficialidades que trazem consequências nefastas. Coloca lenha na fogueira do caos, que resulta da falta de sentido mais profundo para se viver, ajudar os outros e buscar com clareza o próprio destino.”
O coração humano “torna-se palco de disputas sanguinárias e de amarguras. Seduzido pelo poder fissura-se em metas que comprometem a vida e a traveste de gostos e razões que não só desgastam, mas também destroem esse maravilhoso dom”.
O Natal – afirma Dom Walmor – “é, pois, a festa da grande novidade de Deus que se dá a conhecer em Jesus Cristo Salvador, no diálogo que Ele deseja sempre ter conosco”. 
Dizer feliz Natal “é desejar que o destinatário dialogue amorosamente com Deus, oportunidade extraordinária que cada pessoa tem de conversar com a Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – fonte geradora e inesgotável da comunhão que corrige os descompassos da vida”.
“Desejar feliz Natal é fazer um convite à vivência do silêncio que gera escuta para poder participar da fecundidade amorosa de Deus, faz brotar no coração o amor genuíno e autêntico. Amor que ultrapassa, em valor e significação, o que é sustentado somente por sentimentos de afinidade ou por interesses e conveniências”. O arcebispo cita uma passagem da exortação pós-sinodal Verbum Domini, de Bento XVI, como horizonte de referência para se formular os votos natalinos.
“Neste diálogo com Deus, compreendemo-nos a nós mesmos e encontramos resposta para as perguntas mais profundas que habitam no nosso coração. De fato, a Palavra de Deus não se contrapõe ao homem, nem mortifica os seus anseios verdadeiros; pelo contrário, ilumina-os, purifica-os e os realiza. Como é importante, para o nosso tempo, descobrir que só Deus responde à sede que está no coração de cada homem”, cita o arcebispo.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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