Você sabe o que é a revolução sexual?

lipstick-791761_1280A maioria das pessoas pensa que toda essa “promoção da sexualidade”, desvirtuando radicalmente a beleza do sexo, seja apenas algo fortuito nascido espontaneamente nos corações dos jovens; não é bem assim.

Atrás de tudo esse sexismo atual (pornografia escrita, filmes pornôs, motéis, comerciais eróticos, músicas, homossexualidade, “gênero”, etc. ) que inunda os meios de comunicação (rádio, tv, músicas, internet, cinema, jornais, revistas…) é movido por uma ideologia que foi transformada em “Revolução Sexual” a partir dos anos 60.

Tudo começou com a filosofia ateísta; os tais filósofos ateus como Heidegger, Marcuse, Shoppenhauercpa_brilho_da_castidade, Feuerbach, Nietsche, Marx, Engels, Freud e companhia. Um desses, Herbert Marcuse, um judeu alemão (nasceu em Berlim, em 19 de Julho de 1898 e faleceu em 29 de Julho de 1979), foi um influente sociólogo e filósofo alemão naturalizado norte-americano, pertencente à Escola de Frankfurt, escreveu um livro “Eros e Civilização” (Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1955), que deu partida à Revolução Sexual. É um livro que já está na sua 19ª edição e que é muito lido por jovens universitários.

Marcuse era ateu e comunista. Escreveu muitas obras, entre elas: “Reason and Revolution”, 1941 (Razão e revolução, Paz e terra, RJ); “Soviet Marxism”, 1958 (Marxismo Soviético, São Paulo, Saga, 1968); “One-Dimensional Man”, 1964 (Ideologia da Sociedade Industrial, Editora Zahar, Rio de Janeiro); “Psychoanalyse und Politik”, 1968 (Psicoanálises y politica, Ediciones, Península, Barcelona); “Towards a Critical Theory of Society”, 1969 (Idéias sobre uma Teoria Crítica da Sociedade, Zahar Editores, RJ); “Counter-revolution and Revolution”, 1972 (Contra-revolução e revolução, Zahar, RJ, 1973).

O primeiro grande efeito da filosofia de Marcuse, que vamos explicar, foi o famoso festival “hippies” de Woodstock, onde predominou a liberação sexual, a música rock pesada e as drogas. A mensagem era essa: “Paz e Amor; não faça guerra, faça amor!”

Aparentemente um belo slogan, que encantou a juventude saida da Guerra do Viet Nan. Em seu livro “Eros e Civilização”, Marcuse, que era marxista, e que pretendia acabar com o capitalismo, engendrou a seguinte tese. Ele achava que a sociedade americana era capitalista, amante do dinheiro, porque estravazava nele a repressão sexual que sofria devido à formação cristã que recebera. O tabu sexual abria as portas para a ganância, era a sua tese.

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Luxúria e Castidade

Para o filósofo a repressão sexual fazia o americano estravazar na busca das riquezas a frustração; então, o “remédio” para acabar com o capitalismo era des-reprimir a sociedade capitalista com a liberação sexual, eliminando-se todos os tabus sexuais; e para isso era necessário uma Revolução sexual do tipo “não faça guerra, faça amor”; “paz e amor, bicho!”

A droga foi disseminada entre os jovens da primeira geração da Revolução Sexual, com o objetivo de lhes anestesiar a consciência, afim de poderem aceitar a quebra dos tabus sexuais, uma vez que receberam de seus pais uma boa e correta formação sexual. A música teve o mesmo fim.

Para Marcuse o americano fazia guerra (Viet Nam, II Guerra, etc) porque através da guerra mantinha o poder econômico, por ganância produzida pela repressão sexual de sua formação cristã.

Dentro da mentalidade marxista da “luta de classes”, Marcuse não deixava uma alternativa para o diálogo com o capitalismo americano, mas somente a saída do seu aniquilamento. Uma vez que o comunismo não conseguiu fazer isto pelas armas – a derrocada da União Soviética em 1989 mostrou isso – então, Antonio Gramsci, teve a ideia de optar pela “revolução dos costumes e da cultura”. É por isso que hoje as universidades são o ninho da cultura marxista, pagã, materialista e inimiga radical da Igreja. Agora, a ideia é implantar o marxismo pela mudança da cultura, especialmente eliminando a fé católica.

Em outras palavras, Marcuse idealizou, com outros filósofos, que a implantação do marxismo-comunismo no mundo moderno só poderia acontecer com a destruição da moral judaico-cristã, razão da repressão sexual. Esse é o seu objetivo; por isso a Igreja hoje está sozinha na defesa da moral cristã que moldou o Ocidente.

Infelizmente hoje a universidade, com raras e boas exceções, é um antro de ateísmo marxista que prega essa cultura. A Imprensa segue na mesma linha porque os jornalistas são formados em sua grande maioria nessas mesmas universidades. Assim, esses formadores de opinião vão espalhando as essas idéias cujo fruto cpa_jovem_levanta-tehoje se vê nitidamente conduzindo também a política: distribuição farta de camisinhas e pílulas abortivas do dia seguinte, apoio ao homossexualidade e lesbianismo, oficialização de casamentos gays, aprovação do aborto, pornografia deslavada em todos os meios de comunicação, ideologia de gêneros, especialmente a internet de fácil acesso aos jovens.

O Padre Paulo Ricardo chama a atenção em seu ensino para algo sério. O jovem de ontem (1970 e seguintes) cometia os desatinos sexuais com uma consciência de que fazia algo errado diante da formação que recebeu, mas hoje, a atual juventude já não recebe mais essa formação em casa, então, pratica os desatinos sexuais, e muito piores, sem a menor dor de consciência. Ele constata, como confessor, que os pecados sexuais hoje são cometidos numa escala muito maior de depravação e requinte.

Hoje só resta na família e na lgreja uma Resistência contra essa terrível Revolução sexual; os seus frutos amargos estão destruindo não só os jovens, como suas famílias, bem como a sociedade.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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