Vaticano rechaça que a ONU apresente a pílula do dia seguinte como “produto salva-vidas”

pppildoraonu230513O site ACIDIGITAL informou nesta sexta-feira (24 de maio de 2013) que Dom Zygmunt Zimowski, chefe da Delegação da Santa Sé para 66º Assembleia Mundial da Saúde, afirmou que a Igreja “compartilha plenamente o objetivo de reduzir a perda de vidas humanas e de prevenir as doenças”, mas não aceita o fato de querem apresentar a pílula do dia seguinte como se fosse um “produto salva-vidas”, uma vez que uma de suas consequências é de abortar um ser concebido.

Dom Zimowski advertiu que o Relatório do Secretariado e a Resolução proposta pelo Comitê Executivo propõem entre os “produtos salva-vidas para as mulheres e as crianças”, a pílula do dia seguinte.

“Enquanto algumas destas recomendações são realmente salva-vidas, aquela da ‘contracepção de emergência’ dificilmente poderia ser considerada tal, já que é bem conhecido que quando a concepção ocorreu, algumas substâncias empregadas na ‘contracepção de emergência’ produzem um efeito abortivo”.

“Para minha delegação, é totalmente inaceitável referir-se a um produto médico que constitui um ataque direto à vida da criança in utero, como se fosse um ‘produto salva-vidas’ e, pior ainda, estimular ‘uma maior utilização destas substâncias em todas as partes do mundo”.

Ressaltou ainda que a prevenção se deve realizar com medidas “respeitosas da vida e da dignidade das mães e das crianças, em todas as fases da vida, desde a concepção até a morte natural”.

O prelado também destacou que se queira “dar prioridade à saúde para a próxima formulação dos objetivos de desenvolvimento global”. Disse que “a Santa Sé está firmemente convencida de que a proposta de uma cobertura universal como objetivo de uma política para a saúde e o desenvolvimento é o modo mais seguro de enfrentar uma ampla série de problemas ligados à saúde”.

Nesse sentido, recordou que saúde e o desenvolvimento estão unidos. Entretanto, esclareceu que o desenvolvimento deve ser integral e não um simples crescimento econômico. “A saúde e o desenvolvimento devem ser integrais a fim de responder plenamente às necessidades de cada ser humano”, afirmou.

“A característica essencial de um desenvolvimento ‘autêntico’ é que deve ser ‘integral’, assim que deve promover o bem de cada pessoa em sua totalidade, quer dizer, em cada uma de suas dimensões; portanto, o cuidado e a assistência em campo sanitário, assim como o desenvolvimento, devem estar orientados ao estado espiritual da pessoa, além dos fatores físicos, emotivos, econômicos e sociais que influem em seu bem-estar”, explicou.

Por fim, indicou que  “a delegação da Santa Sé acolhe favoravelmente a proposta de um Plano de Ação Global para o controle das doenças não transmissíveis 2013-2020”, que reconhece “o papel fundamental da sociedade civil, incluídas as organizações confessionais, na mobilização e na implicação das famílias e da comunidade”.

“Nossa delegação é consciente que as organizações e as instituições de matriz católica, em todo mundo, já se comprometeram para empreender estas ações a nível global, regional e local”..

“Nossa humilde contribuição a esta ação virá também da Conferência Internacional que se realizará no Vaticano de 21 a 23 de novembro de 2013, cujo tema será: ‘A Igreja ao serviço da pessoa idosa doente: o cuidado das pessoas afetadas por patologias neurodegenerativas’”.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=25458

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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