O site ACI (19/08/13) noticiou que em declarações à Rádio Vaticano, o Cardeal Leonardo Sandri, o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, se referiu aos inumeráveis episódios de violência no Egito contra os cristãos, perpetrados pela autodenominada “Irmandade Muçulmana” que quer chegar ao poder e que segundo Associated Press (AP) constitui “uma campanha de intimidação que adverte os cristãos que estão fora de Cairo para que se afastem da política”.
Segundo a notícia, desde quarta-feira, 40 Igrejas foram incendiadas, enquanto que outras 23 foram atacadas e saqueadas. Entre os muitos ataques registrados, os extremistas muçulmanos queimaram uma escola franciscana e tomaram a três religiosas como “prisioneiras de guerra”. Outras duas mulheres do colégio foram acossadas sexualmente e maltratadas enquanto tentavam sair do recinto em meio da horda da “Irmandade Muçulmana”.
Sobre estes graves episódios, o Cardeal Sandri disse que “toda destruição das Igrejas que os cristãos sofreram são inaceitáveis, sobretudo porque, em particular os católicos, são uma minoria”.
“O renascimento do país deve dar-se no respeito da pessoa humana, no respeito recíproco de todas as religiões, no respeito da liberdade religiosa. Acreditamos que a fé ou uma religião nunca pode ser pretexto para uma guerra ou para o uso da violência”.
E acrescentou, que “nunca se pode usar a força, a violência, o terrorismo ou o poder militar para resolver os assuntos de fé. Devemos pensar no mandamento de Deus de amar-nos uns aos outros, que é válido para todos, sejam muçulmanos ou cristãos”.
Por fim, o Cardeal manifestou seu desejo: “Queremos que haja uma possível solução para esta situação terrível no Egito através do diálogo e da reconciliação. A isto acrescentamos nossas orações para uma perspectiva de benevolência divina para com todos nossos irmãos cristãos (…) Acompanhamos a todos com a oração, com nossa proximidade e com nossas lágrimas espirituais pelo sofrimento do povo egípcio”.