O Papa Francisco começou sua viagem a Albânia (21/9/14), um dos países que mais sofreram com o regime comunista imposto por Moscou, a antiga URSS. Ele foi buscar o chama de “periferia da fé”.
Ali o Papa encontrou um cristianismo renascido, depois que o Muro da Vergonha, de Berlim, caiu em 1989 e o comunismo ateu e materialista, embalado pelo marxismo doentio, assassinou cerca de cem milhões de pessoas na Rússia, China, Vietnã, Laos, Camboja, Cuba, etc..
Logo de chegada o Papa advertiu aqueles que, “como no sistema comunista que a Albânia viveu em seu passado recente, fazendo de tudo para banir Deus do coração do homem” medo da verdade e da liberdade.
Sem meias palavras o Papa condenou severamente o comunismo marxista: “Ao longo dos séculos, nem sempre o anúncio da paz, trazido pelos mensageiros de Jesus, era acolhido; às vezes, as portas fecharam-se. Num passado recente, também a porta do vosso país [Albânia] se fechou, cerrada com o cadeado das proibições e prescrições dum sistema que negava Deus e impedia a liberdade religiosa.”
“Aqueles que tinham medo da verdade e da liberdade tudo fizeram para banir Deus do coração do homem e excluir Cristo e a Igreja da história do vosso país, embora este tenha sido um dos primeiros a receber a luz do Evangelho. De fato, na segunda Leitura, ouvimos a referência à Ilíria, que, na época do apóstolo Paulo, incluía também o território da Albânia atual.”
“Repensando naqueles decênios de sofrimentos atrozes e duríssimas perseguições contra católicos… podemos dizer que a Albânia foi uma terra de mártires: muitos bispos, sacerdotes, religiosos, e fiéis leigos, ministros de culto de outras religiões pagaram com a vida a sua fidelidade.”
“Não faltaram testemunhos de grande coragem e coerência na profissão da fé. Muitos cristãos não cederam perante as ameaças, mas continuaram sem hesitação pelo caminho abraçado.”
“Em espírito, dirijo-me até junto daquele muro do cemitério de Escutári, lugar-símbolo do martírio dos católicos onde se efetuavam as fuzilações, e, comovido, deponho a flor da oração e de grata e indelével lembrança”.
O Papa foi a Albânia para animar os católicos a reavivarem a fé que o comunismo ateu quis apagar: “Eu vim aqui para vos encorajar a envolver as novas gerações; a alimentar-vos assiduamente da Palavra de Deus, abrindo os vossos corações a Cristo, ao Evangelho, ao encontro com Deus, ao encontro entre vós próprios, como já estais a fazer: com esta maneira de proceder encontrando-vos, dais testemunho a toda a Europa”.
É essa periferia sem Deus que o Papa tem buscado incessantemente; tanto a dos pobres, quanto a dos sem Deus.
Que essas palavras do Santo Padre sirvam de alerta e de lição a muitos jovens universitários fascinados pelos falsos profetas do marxismo; e muitos professores marxistas que continuam envenenando a cabeça de seus alunos com a propagação da insana luta de classes marxista. Que também sirva de alerta a alguns membros de nosso clero que ainda se deixam levar pelo engano marxista que destila ódio, separação e morte entre os filhos de Deus. Espero que ouçam, entendam e vivam o que o Papa pede.
Prof. Felipe Aquino