Terra Santa: Líderes cristãos fecham indefinidamente o Santo Sepulcro

Segundo o site ACI (26/02/18), em uma “medida sem precedentes”, a Basílica do Santo Sepulcro foi fechada indefinidamente no domingo, 25 de fevereiro, pelos líderes cristãos da Terra Santa a fim de protestar contra as “cobranças escandalosas” que o prefeito de Jerusalém pretende realizar e uma lei de expropriação que o Parlamento discutirá, no que “parece ser uma tentativa de enfraquecer a presença cristã”.
A basílica onde, segundo a tradição, está o túmulo de Jesus, foi fechada a partir do meio dia. No lado de fora estavam o Custódio da Terra Santa, Pe. Francesco Patton, o Patriarca de Jerusalém, Theophilos III, e o Patriarca armênio de Jerusalém, Nourhan Manougian.
Em um comunicado conjunto, os três líderes que compartilham a administração do lugar sagrado denunciaram “a campanha sistemática de abusos contra as igrejas e os cristãos”, e que atingiu “o seu ponto mais alto, pois estão promovendo um projeto discriminatório e racista que aponta unicamente as propriedades da comunidade cristã na Terra Santa”.
A imprensa internacional informou que o comunicado se refere ao projeto de lei que permitiria o governo de Israel expropriar os terrenos das Igrejas Católica e Ortodoxa.
“Este projeto de lei abominável está pronto para avançar hoje em uma reunião de um comitê ministerial e, caso aprovado, tornaria possível a expropriação de terras das Igrejas. Isso nos recorda as leis similares adotadas contra os judeus durante o período mais obscuro na Europa”, denunciaram.
Além disso, indicaram, estão os “avisos de cobranças escandalosas e ordens de confiscação” emitidos pelo município de Jerusalém “por supostas dívidas de impostos municipais punitivos”.
Os líderes religiosos assinalaram que esta “campanha sistemática e ofensiva” viola “os acordos existentes e as obrigações internacionais que garantem os direitos e os privilégios das Igrejas, no que parece ser uma tentativa de debilitar a presença cristã em Jerusalém”.
“As maiores vítimas nisso são aquelas famílias empobrecidas que ficarão sem alimentos e moradia, assim como as crianças que não poderão ir à escola”, denunciaram.
Neste sentido, assinalaram que, “como protesto, decidimos tomar esta medida sem precedentes e fechar a igreja do Santo Sepulcro”.
O texto afirma que, junto com todos os representantes das Igrejas na Terra Santa, “estamos unidos, firmes e decididos na proteção de nossos direitos e nossas propriedades”. “Que o Espírito Santo responda nossas orações e traga uma resolução a esta crise histórica em nossa Cidade Santa”, conclui o comunicado.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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