”Doente, a nossa natureza precisava ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. Havíamos perdido a posse do bem, era preciso no-la restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz; cativos, esperávamos um salvador; prisioneiros, um socorro; escravos, um libertador. Essas razões eram sem importância? Não eram tais que comoveriam a Deus ao ponto de fazê-lo descer até à nossa natureza humana para visitá-la, uma vez que a humanidade se encontrava em um estado tão miserável e tão infeliz?” (Or. Catech. 15).
Santo Ireneu (140-202):
”Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, filho do homem: é para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo assim a filiação divina, se torne filho de Deus”. (Adv. Haer. 3,19,1) ”Quando Ele se encarnou e se fez homem, recapitulou em si mesmo a longa história dos homens e, em resumo, nos proporcionou a salvação, de sorte que aquilo que havíamos perdido em Adão, isto é, sermos à imagem e à semelhança de Deus, o recuperemos em Cristo Jesus (…). É aliás, por isso que Cristo passou por todas as idades da vida, restituindo com isto a todos os homens a comunhão com Deus” (Adv. Haer. 3,18,1.7 – 2,22,4)