Sétimo Mandamento: “Não roubarás”

O Sétimo Mandamento proíbe roubar ou reter injustamente os bens do próximo ou danificá-lo. Ensina que cada pessoa deve e precisa trabalhar honestamente e assim suprir o seu sustento e o de sua família. O Sétimo Mandamento destaca o valor primordial e a importância do trabalho. O homem é seu autor e destinatário. Por meio de seu trabalho, o homem participa da obra da criação. Unido a Cristo, o trabalho pode ser redentor. Ele é a sentinela da virtude.

A Bíblia está repleta de condenações ao roubo, à corrupção, às injustiças com os mais fracos e tantas vezes explorados em seus salários e trabalhos. São Paulo diz aos coríntios que: “Nem os ladrões, nem os avarentos… nem os rapinadores herdarão o Reino de Deus” (1 Cor 6,10). E os profetas acusaram os que exploram os irmãos.

Leia também: Os Mandamentos de Deus

Sete pecados que “saíram de moda” e podem te levar para o inferno

A Igreja alterou os 10 Mandamentos?

E todo roubo cometido exige reparação na mesma medida. O Evangelho mostra que Zaqueu ficou tão constrangido na presença de Jesus, que sabia que ele era corrupto, que lhe prometeu restituir quatro vezes tudo o que tinha roubado. A justiça exige a restituição do bem roubado, seja de uma pessoa, de uma instituição ou do Estado. Por ser impessoal, muitos pensam que podem fraudar o Estado, sem culpa; de forma alguma, os bens públicos são de todos e devem atender antes de tudo as necessidades dos mais fracos. Nunca vimos em nosso país, como hoje, tanto roubo deslavado; tanta corrupção nos órgãos públicos do executivo, legislativo e judiciário. Há uma verdadeira hemorragia de dinheiro do Estado, sangrando o seu corpo. Quem paga por isto são os mais pobres.

A lei moral proíbe também os atos que, visando o dinheiro fácil e sujo, praticam a exploração dos seres humanos: a sua compra, venda e troca como mercadorias: crianças, prostitutas, etc.

O Mandamento exige também não poluir a terra, o ar e a água, e não esbanjar os recursos naturais que as gerações sucessoras deverão usar. Há muito desperdício e consumismo em nossos dias; é um pecado contra o sétimo Mandamento.

O sétimo Mandamento lembra ainda que os animais são confiados à administração do homem, que lhes deve benevolência. Podem servir para a justa satisfação das necessidades do homem, como alimentação e serviço, mas devem ser tratados com respeito.

Assista também: Os mandamentos de Deus estão fora de moda?

Como meu trabalho pode me ajudar a ser santo?

A Igreja lembra a necessidade da justiça social. Os bens criados por Deus para todos deve de fato chegar a todos conforme a justiça, e por meio da caridade, mas não por meios violentos como a revolução e a luta de classes pregado pelo marxismo e vivido no comunismo. Não resolveu o problema social e apenas gerou milhões de vitimas inocentes.

O Mandamento lembra que a esmola dada aos pobres é um testemunho de caridade fraterna; é também uma prática de justiça que agrada a Deus. Na multidão de seres humanos sem pão, sem teto, sem roupa, sem remédios, como não reconhecer Lázaro, mendigo faminto da parábola? “Foi a mim que o deixastes de fazer” (Mt 25,45).

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
Adicionar a favoritos link permanente.