São Lourenço de Brindisi venceu batalhas sem ser morto por balas que o atingiram

Hoje (21), é celebrado são Lourenço de Brindisi, doutor da Igreja que liderou batalhas dos cristãos contra os turcos e saiu ileso das balas que atingiram seu corpo. Saiba qual era seu “colete à prova de balas”.

O frade capuchinho são Lourenço (1559-1619) nasceu em Brindisi, Itália, e morreu em Lisboa, Portugal, acontecerá, de 1º a 6 de agosto, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023. Dominava vários idiomas europeus e conhecia a Bíblia inteira ao pé da letra.

Chegou a ser capelão do exército imperial. A essa altura, os turcos tinham conquistado grande parte da Hungria e tentavam subjugar a Europa cristã ao mundo muçulmano.

Os invasores tinham um exército de 80 mil homens enquanto os ocidentais tinham apenas cerca de 18 mil.

São Lourenço foi recebido no acampamento militar com assobios, zombarias e desprezo. Mas o frade não se intimidou e começou a fazer discursos para motivar as tropas.

No livro San Lorenzo de Brindis, luchador contra los turcos (São Lourenço de Brindisi, lutador contra os turcos), do padre agostiniano recoleto Ángel Peña, há vários testemunhos de pessoas que estiveram no campo de batalha e de outras que viveram na época.

Conta-se que o santo usava apenas o hábito, carregava uma cruz de madeira na mão durante a disputa e abençoava a todos. Ele também andava a cavalo sem saber cavalgar. Ele os encorajava gritando: “Senhores, em frente, em frente, este é o meu lugar, vitória, vitória”.

Os turcos atacavam para matar o padre, mas não conseguiram derrotá-lo. Um padre capuchinho, Ángel de Monte Herculano, contou que “na guerra, muitas flechas e balas inimigas não o feriam e caíam no chão e algumas tocavam a roupa dele e não o feriam”.

O capuchinho padre Gaspar de Gasparotti disse ter ouvido de padre João Batista de Mântua, companheiro do santo na Hungria, que “com o sinal da cruz, padre Lourenço fazia regressar as balas da artilharia turca de modo que, em vez de ir contra os cristãos, as balas voltavam contra eles ou caíam ao redor dos cristãos sem ferir ninguém”.

Felipe Bevilacqua, oficial das tropas imperiais, disse que os turcos colocam 14 peças de artilharia para disparar contra seu esquadrão. Quando os inimigos disparavam, são Lourenço respondeu com o sinal da cruz. As balas chegavam ao grupo, mas ninguém morria.

O santoral franciscano contém o testemunho de Jerônimo Dentico, conselheiro de guerra imperial. Segundo ele, a vitória deve ser atribuída às orações de pessoas boas “e às deste bom padre servo de Deus que está conosco, como já disse todo este exército, incluindo os hereges mais importantes”.

No final, os cristãos venceram. Os turcos fugiram e dias depois buscaram vingança, mas foram novamente derrotados. Todo o exército atribuiu a vitória ao santo doutor da Igreja e vários hereges se converteram ao catolicismo.

São Lourenço, falando um dia sobre este prodígio, disse: “Verdadeiramente Deus nosso Senhor fez coisas tão maravilhosas que podem ser comparadas com as maravilhas que são contadas nas Escrituras”.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/sao-lourenco-de-brindisi-venceu-batalhas-sem-ser-morto-por-balas-que-o-atingiram-88748

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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