São Joaquim e Santa Ana

Viveram no
primeiro século e sua festa é celebrada no leste no dia 9 de setembro. A
tradição dá o nome de Joaquim e Ana (significa graciosa em hebreu) aos pais da
Virgem Maria (Lc 3:23) .

São João
Damasceno exorta Joaquim e Ana como modelos de pais e esposos cujo principal
dever era educar seus filhos. São Paulo diz que a educação dos filhos pelos
pais é sagrada.
A tradição diz que Joaquim nasceu em Nazaré, e casou-se com Anna quando ele era
jovem. Ele era um rico fazendeiro e possuía um grande rebanho. Como não
tivessem filhos durante muitos anos Joaquim era publicamente debochado, (não
ter filhos era considerado na época uma punição de Deus pela sua inutilidade).
Um dia o padre do templo recusou a oferta de Joaquim de um cordeiro e Joaquim
foi para o deserto e jejuou e rezou por 40 dias. O Pai de Ana teria sido um
judeu nômade chamado Akar que trouxe sua mulher para Nazaré com sua filha Anna.
Após o casamento de sua filha com Joaquim também ficou triste de não terem sido
agraciados com netos. Ana chorava e orava a Deus para atendê-la. Um dia ela
estava orando e um anjo disse a ela que Deus atenderia as suas preces. Ela
estava sob uma árvore pensando que Joaquim a havia abandonado (ele estava no
deserto). O anjo disse ainda que o filho que teriam seria honrado e louvado por
todo o mundo. Anna teria respondido; “Se Deus vive e se eu conceber um
filho ou filha será um dom do meu Deus e eu servirei a Ele toda a minha
vida.”
O anjo disse a ela para ir correndo encontrar com o seu marido o qual, em
obediência a outro anjo, retornava com o seu rebanho. Eles se encontraram em um
local que a tradição chama de Portão de Ouro. Santa Anna deu a luz a Maria
quando ela tinha 40 anos. É dito que Anna cumpriu a sua promessa e ofereceu
Maria a serviço de Deus, no templo, quando ela tinha 3 anos. De acordo com a
tradição ela e Joaquim viveram para ver o nascimento de Jesus e Joaquim morreu
logo após ver o seu Divino neto presente no templo de Jerusalém.
O Imperador Justiniano construiu em Constantinopla, uma igreja em honra de
Santa Anna lá pelos anos de 550.Seu corpo foi trasladado da Palestina para
Constantinopla em 710 e algumas porções de suas relíquias estão dispersas no
Oeste. Algumas em Duren (Rheinland-Alemanha), em Apt-en-Provence, (França) e
Canterbury (Inglaterra).
O culto litúrgico de Santa Ana apareceu no sexto século no leste e no oitavo
século no Ocidente. No século décimo a festa da concepção de Santa Anna era
celebrada em Nápoles e se espalhou para Canterbury lá pelos anos de 1100 DC e
daí por diante até século 14, quando o seu culto diminui pelo crescente
interesse pela sua filha, a Virgem Maria.
O culto a Santa Ana chegou a ser até atacada por Martinho Lutero, especialmente
as imagens com Jesus e Maria, um objeto favorito dos pintores da Renascença. Em
resposta, a Santa Sé estendeu a sua festa para toda a Igreja em 1582.
São Joaquim tem sido honrado no Leste desde o início e no Ocidente desde o 16?
século e imagens do culto a São Joaquim começaram no ocidente nas Comunas e nos
Arcos em Veneza que datam do século 6? .
A Imaculada Concepção de Maria é comemorada no dia 8 de dezembro e o nascimento
da Virgem Maria, nove meses depois, ou seja no dia 8 de Setembro.
A festa de São Joaquim era celebrada, no Ocidente no dia 16 de agosto.
Agora, ambos são comemorados no dia de Santa Ana ou seja no dia 26 de julho.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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