Santa Teresa (1515-1582), doutora da Igreja, foi questionadora da Igreja; uma reformadora da vida religiosa do seu tempo e não poupava observações rigorosas aos clérigos e bispos do seu tempo, mas era obediente à Igreja, submissa à autoridade, defendendo, acima de tudo, a felicidade de ser filha da Igreja. É importante notar que Santa Teresa viveu exatamente no tempo da Reforma protestante, iniciada em 1517, e a combateu firmemente.
Ela dizia: “Em tudo me sujeito ao que ensina a Santa Igreja Católica Romana, em cuja fé vivo, afirmo viver e prometo viver e morrer” [1].
“Em tudo o que disser, sujeito-me ao que ensina a Santa Madre Igreja Romana, e se alguma coisa for contrária a isso, a razão será a minha ignorância” [2].
Às suas filhas dizia: “Procura ter a consciência limpa e ser humildes, menosprezando todas as coisas do mundo e crendo firmemente no ensinamento da Santa Madre Igreja, e estareis segura de seguir um bom caminho” [3].
“Se isso não vos contentar, fazeis vós mesmas outras considerações; nosso Mestre vos dará licença, desde que em tudo nos sujeitemos a tudo que diz a Santa Igreja, como faço aqui” [4].
“Procurai a limpeza de consciência e humildade, desprezo de todas as coisas do mundo e fé inabalável no que ensina a santa Madre Igreja” [5].
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“Com esse amor à fé que a Igreja nos infunde, gerando uma fé viva e forte, a alma deve procurar sempre seguir o que ensina a Igreja (…) não podendo nenhuma revelação imaginável – mesmo que o céu se abrisse – demovê-la de um único ponto do que ensina a Igreja” [6].
“Se isso não vos contentar, fazei vós mesmas outras considerações; nosso Mestre vos dará licença, desde que em tudo nos sujeitemos ao que diz a Igreja, como faço aqui” [7].
“Quando lhe disseram que ela poderia ser levada à Inquisição, respondeu: Achei muita graça e ri, porque nunca tive temor disso, pois bem sabia que, em matéria de fé, eu antes morreria mil vezes do que me oporia a qualquer coisa da Igreja ou qualquer verdade da Sagrada Escritura” [8].
“A alma – representada por uma lagarta – começa a ter vida quando, com o calor do Espírito Santo, começa a beneficiar-se do auxílio geral que Deus dá a todos, fazendo uso dos meios confiados pelo Senhor à Sua Igreja: confissões frequentes, boas leituras e sermões”. “Não vejo de fato a razão para estranharmos os males que há na Igreja se os que deveriam ser modelo da virtude exibem uma imagem tão apagada que não lembra o primor que os santos do passado, com o seu espírito, deixaram nas ordens religiosas” [9].
“O mundo está sendo tomado pelo fogo; querem voltar a condenar Cristo, como se diz, pois se levantam mil testemunhos falsos, pretendendo derrubar a sua Igreja” [10].
“Se eu disser alguma coisa que não esteja em conformidade com o que ensina a Santa Igreja Católica Romana, atribua-se isso à minha ignorância, e não à malícia” [11].
“Em tudo me submeto à opinião da Santa Igreja Romana” [12].
“Eu servia ao Senhor com minhas pobres orações e procurava que as irmãs fizessem o mesmo e valorizassem muito o bem das almas e o progresso da Santa Igreja” [13].
Referências
1 – As Fundações, prólogo, n.4.
2 – Caminho de perfeição, Introdução e Castelo Interior, introdução, n.3.
3 – Caminho de perfeição, cap. 31, n.10.
4 – Caminho de Perfeição, cap. 31, n.4.
5 – Caminho de Perfeição, cap. 21,n.10.
6 – Livro da Vida, cap. 26, n.12.
7 – Livro da Vida, cap. 26, n.12.
8 – Livro da Vida, cap. 33, n.5.
9 – Livro da Vida, 7,5.
10 – Caminho de perfeição, 1,5
11 – Caminho interior, prólogo 3.
12 – Fundações, prólogo, 6.
13 – Fundações, 16.
Prof. Felipe Aquino
