Cardeal
Bertone fala em reunião no Cazaquistão
ASTANA,
domingo, 5 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – O secretário de Estado vaticano,
cardeal Tarcisio Bertone, pediu que os governos e a sociedade combatam a
discriminação dos cristãos.
O cardeal
falou na quarta-feira, na Reunião de Chefes de Estado e de Governo da OSCE
(Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), evento realizado em
Astana (Cazaquistão).
Segundo Bertone,
a sociedade aprendeu muito do passado e compreendeu “que crer em Deus,
praticando a religião e unindo-se aos demais em expressar a própria fé, não é
uma concessão outorgada pelo Estado, mas um verdadeiro direito fundado na
dignidade da pessoa humana”.
Infelizmente
– lamentou – observa-se uma “crescente marginalização da religião, em
particular do cristianismo, que se verifica em alguns âmbitos, inclusive em
nações que atribuem à tolerância um grande valor”.
“A
ideia da religião como forma de alienação está desmentida pela constatação de
que os crentes representam um eixo fundamental a favor do bem comum”,
disse. Segundo o cardeal, deve-se esperar das religiões uma contribuição eficaz
par a coesão social, a segurança e a paz.
“A
vida religiosa, como fator importante para a vida social e cultural dos países,
não está ameaçada só por restrições vexatórias, mas também pelo relativismo e
por um falso secularismo, que exclui a religião da vida pública”, disse.
O cardeal
Bertone prosseguiu denunciando que “estreitamente unida à liberdade
religiosa, ali onde esta é negada, encontram-se a intolerância e a
discriminação por motivos religiosos, especialmente contra os cristãos”.
Está
amplamente documentado que os cristãos são o grupo religioso mais perseguido e
discriminado – disse -. Mais de 200 milhões deles, pertencentes a confissões
distintas, encontram-se em situação de dificuldade por causa de estruturas
legais e culturais.