Sangue derramado no mundo evoca o de Jesus

Editorial de Federico Lombardi em “Octava Dies”

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 4 de abril de 2011 (ZENIT.org) – O sangue que Jesus derramou não é contra ninguém, mas para todos, e o que está sendo derramado neste momento em muitos lugares ao redor do mundo o evoca constantemente.

Esta é a reflexão do diretor da Sala de imprensa da Santa Sé, Federico Lombardi, em seu editorial de ontem no “Octava Dies”, o informativo semanal do ‘Centro Televisivo Vaticano’.

Refletindo sobre o recente livro do Papa, “Jesus de Nazaré 2”, Lombardi recordou a afirmação de Bento XVI de que “o sangue de Jesus não foi derramado contra ninguém, mas por muitos, por todos (…). Nós todos precisamos da força purificadora do amor, e essa força é o seu sangue. Não é maldição, mas salvação”.

Esta, disse o porta-voz vaticano, “é uma das afirmações do livro que mais atraiu a atenção e rendeu muitos consensos, porque elimina resolutamente pela raiz as interpretações de uma passagem do Evangelho que parecia ser uma condenação do povo judeu”.

“Hoje, estas palavras vêm à mente quando olhamos de novo para todo o sangue derramado na Costa do Marfim, na Líbia, em tantos outros lugares no mundo”, observou.

“Quando veem o sangue derramado, os cristãos não podem deixar de lembrar espontaneamente do sangue de Jesus”, acrescentou.

Acima de tudo, lamentou o “sangue derramado pelas guerras civis, por conflitos internos nos países que, por mais variados que sejam, deveriam tentar crescer como comunidade humana e civil, onde, no entanto, são escavados abismos de ódio não só para hoje, mas também para o futuro”.

Deus, acrescentou, “está perto, presente e partilhando o sofrimento causado pela violência homicida, com a qual só pode se alegrar quem é inimigo da humanidade”.

Deus, porém, “continua amando a todos e desejando a salvação de todos, em todos os lugares, pagando o preço da credibilidade deste amor”.

Esse amor é uma “arma impotente” ou é, no final, “mais forte que as outras?”, perguntou Lombardi, concluindo que “o caminho da cruz e da ressurreição sustenta o difícil compromisso de todos os construtores da paz”.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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