Sacerdote que salvou 1500 muçulmanos concorre ao prêmio pela paz

CdofetFVAAE8rvoO site ACI Digital divulgou ontem (22/03/2016) que o sacerdote de Togo, Pe. Bernard Kinvi, que salvou 1500 muçulmanos de um massacre ocorrido na República Centro-africana em 2014, foi pré-selecionado para participar de um prêmio pela paz.

Naquela época, o presbítero de 32 anos, membro da Ordem de São Camilo, dirigia uma missão no hospital da cidade de Bossemptele. Neste local, acolhia e oferecia serviços de saúde aos muçulmanos que fugiam da tropa anti-balaka (anti-facão) e os ajudou a escapar em caminhões para cruzar a fronteira com Camarões.

Hoje, tornou-se um dos quatro pré-selecionados para o Aurora Prize for Awakening Humanity (Prêmio Aurora para Despertar a Humanidade), o qual somente pode ser recebido “pelas pessoas que colocam a sua vida em risco para permitir que outros sobrevivam”.

O prêmio será apresentado por George Clooney em uma cerimônia que será celebrada no dia 24 de abril de 2016, em Erevã (capital da Armênia). O ganhador receberá 100 mil dólares e poderá nomear uma organização beneficente a qual será entregada uma subvenção de 1 milhão de dólares.

Três dos quatro finalistas do concurso são católicos. Entre eles estão: Dr. Tom Catena, único cirurgião que atende a 750 mil pessoas nas montanhas de Nuba (Sudão), o qual disse que seu trabalho é inspirado em São Francisco de Assis; Marguerite Barankitse, que salvou milhares de vidas cuidando de órfãos e refugiados durante a guerra civil em Burundi; e Syeda Ghulam Fatima, que trabalhou para pôr fim no trabalho escravo no Paquistão, uma das últimas formas de escravidão moderna.

O Prêmio Aurora foi criado por uma iniciativa denominada 100 LIVES, que busca expressar agradecimentos àquelas pessoas que correram perigo de vida a fim de salvar os armênios durante o genocídio de 1915.

Vartan Gregorian, membro do comitê do galardão, disse ter “criado o Prêmio Aurora não só para honrar, mas para apoiar os heróis anônimos que pedem humanidade e enfrentam a opressão e a injustiça”.

“Há cem anos, os desconhecidos se levantaram contra a perseguição em nome de nossos antepassados e hoje agradecemos pelo reconhecimento daqueles que atuam com o mesmo espírito ante as atrocidades modernas”, acrescentou.

Pe. Kinvi, cujo hospital atende uma área que tem a extensão total da Suíça (mais de 41 mil quilômetros quadrados), contou ao jornal ‘The Guardian’ que quando foi ordenado sacerdote “se comprometeu em servir aos doentes, mesmo que isso significasse colocar a minha vida em risco. Eu disse isso, mas na verdade não sabia o que significava”.

“Mas quando a guerra chegou, eu entendi o que significava arriscar a própria vida. Ser sacerdote é mais que dar bênçãos; é estar junto com aqueles que perderam tudo”, afirmou.

O Comitê de Seleção do Prêmio Aurora compreende aos ganhadores do Prêmio Nobel Elie Wiesel, Oscar Árias, Shirin Ebadi e Leymah Gbowee; a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson; a defensora dos direitos humanos Hina Jilani; o ex-ministro das Relações Exteriores Australiano e Presidente Emérito do Grupo Internacional de Crise, Gareth Evans; o Presidente da Carnegie Corporation of New York, Vartan Gregorian; e o ator ganhador do prêmio Óscar e ativista humanitário, George Clooney.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/sacerdote-que-salvou-1500-muculmanos-concorre-ao-premio-pela-paz-33650/

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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