Relíquias de 1º grau de Santa Teresinha peregrinam no Brasil a partir de 1º de fevereiro

Segundo o ACI Digital (29/01/2024), mais de 70 cidades brasileiras irão receber a partir de 1º de fevereiro a Peregrinação das Relíquias de Santa Teresinha. A primeira cidade do Brasil a receber as relíquias de santa Teresinha será Trindade (GO) e a última será São Paulo no dia 1º de outubro, dia da santa. É a quarta vez que a urna com as relíquias de primeiro grau vêm ao Brasil. As relíquias são um fêmur e ossos do pé da santa da pequena via. As relíquias expressam a dimensão missionária da santa que “tinha o desejo de percorrer a terra e anunciar Jesus Cristo”, informou a Ordem dos Freis Carmelitas Descalços no Brasil a ACI Digital.

A peregrinação das relíquias de Santa Teresinha ao Brasil foi um pedido da Ordem dos Freis Carmelitas Descalços no Brasil a basílica de Santa Teresinha em Lisieux, na França. Segundo os carmelitas, “o itinerário” da peregrinação “foi organizado a partir da presença do Carmelo Descalço no Brasil”, em “lugares de referência” onde “os frades, as monjas e os carmelitas seculares” estão presentes. Foram acrescentados outros lugares para que os fiéis participem, seja por proximidade ou comodidade deles.

A visita das relíquias da santa francesa ao Brasil ocorre no marco de dois jubileus, a celebração dos 150 anos do nascimento de santa Teresinha, que foi comemorado em janeiro de 2023, e pela celebração dos 100 anos da sua canonização, que ocorrerá em 2025, segundo os carmelitas.

Estas relíquias de santa Teresinha “estiveram no Brasil pela primeira vez nos anos de 1997 e 1998, percorrendo diversas cidades de todo o país”, relataram os carmelitas.

“No ano de 2022, ela esteve no Brasil percorrendo apenas algumas cidades do Estado de São Paulo. Dessa vez, ela a Peregrinação ocorrerá novamente por todo o Brasil, nas cidades onde há a presença dos frades, monjas e seculares carmelitas”.

O relicário que leva o fêmur e os ossos do pé de santa Teresinha foi uma doação de brasileiros ao Carmelo de Lisieux. Segundo a Ordem dos Freis Carmelitas Descalços no Brasil, na verdade “há dois relicários doados pelo Brasil”.

“O primeiro foi em 1922, numa campanha de arrecadação organizada pelo jesuíta Herni Rubillon. Este relicário, conhecido como “Relicário do Brasil” permanece no Carmelo de Lisieux e é usado apenas internamente. O segundo relicário, chamado de “Relicário do Centenário”, também doação do povo brasileiro, é utilizado para as peregrinações intercontinentais”, contaram.

Para acompanhar a programação da peregrinação é só acessar o Instagram dos carmelistas: @soucarmeloocd, @carmelobrasil e @floresdocarmelo.

Marie-Françoise-Thérèse Martin conhecida como santa Teresa de Lisieux ou Teresinha do Menino Jesus é uma das santas mais populares do Brasil. Ela nasceu no dia 2 de janeiro de 1873, em Alençon, na França e foi a filha mais nova dos santos Luís e Zélia Martin que também eram muito tementes a Deus. Eles tiveram oito filhos antes de Teresa: Quatro morreram ainda pequenos e as outras quatro: Maria, Paulina, Leônia e Celina também foram freiras como a santa.

Aos 15 anos, Teresinha entrou no Mosteiro das Carmelitas, em Lisieux com a autorização do papa Leão XIII. Sua grande experiência com Deus desde pequena, relatado em seus diários, intitulado: “História de uma alma” trouxe ensinamentos sobre a “infância espiritual” ou “pequena via” que se baseavam na confiança amorosa em Deus que é Pai. Teresinha acreditava que seu caminho em direção a Deus era ser como criança, e assim O buscava nesta via de abaixamento que transbordava na vida fraterna e no amar sem medidas.

Santa Teresinha morreu aos 24 anos em 30 de setembro de 1897. Foi beatificada em 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925 pelo papa Pio XI que falando sobre a nova santa disse: “esta menina tão sincera, que floresceu no jardim fechado do Carmelo, tendo acrescentado ao seu nome o do Menino Jesus, exprimiu vivamente em si a sua imagem; portanto, é preciso dizer que quem venera Teresa venera e louva o exemplo divino, que ela copiou em si”.

Em 19 de outubro de 1997, no domingo missionário, Teresa de Lisieux foi proclamada doutora da Igreja pelo papa são João Paulo II, devido os seus escritos autobiográficos.

“Entre os “Doutores da Igreja” Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é a mais jovem, mas o seu caminho espiritual é tão maduro e ousado, as intuições de fé presentes nos seus escritos são tão vastas e profundas, que merecem que ela seja colocada entre os grandes mestres do espírito”, disse o papa são João Paulo II na época.

Em 2023 foi comemorado os 150 anos do nascimento da santa e 100 anos da sua beatificação. E para celebrar esta ocasião, o papa Francisco, devoto da santa, escreveu no dia 15 de outubro deste ano a Exortação Apostólica C’est la Confiance sobre a confiança no amor misericordioso de Deus.

“Século e meio depois do seu nascimento, Teresa está mais viva do que nunca no meio da Igreja em caminho, no coração do Povo de Deus. Está a peregrinar conosco, fazendo o bem sobre a terra, como tanto desejou. O sinal mais belo da sua vitalidade espiritual são as inúmeras «rosas» que vai espalhando, isto é, as graças que Deus nos concede pela sua intercessão cheia de amor, para nos sustentar no percurso da vida”, escreveu papa Francisco na Exortação Apostólica dedicada a Teresinha.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/57245/reliquias-de-1o-grau-de-santa-teresinha-peregrinam-no-brasil-a-partir-de-1o-de-fevereiro

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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