Quem foi São Josemaria Escrivá de Balaguer?

san-josemaria-escriva-de-balaguerSão Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em 1902, em Barbastro, Espanha. Em 1918, entendeu que Deus queria algo dele: entregar-se por inteiro a Deus e ser sacerdote. Em 1925, recebeu o sacramento da Ordem.

Em 1927, mudou-se para Madrid para obter o doutorado em Direito. Aí, em 2 de outubro de 1928, durante um retiro espiritual foi fundado o “Opus Dei”. Sua finalidade específica é recordar a todos os batizados que a vocação cristã é vocação á santidade e ao apostolado. Em 1930 começou o trabalho da Opus Dei entre as mulheres.

A prelazia segue uma via de conduta que passa pela santificação do trabalho, nas palavras do fundador “o trabalho é santo, santifica-nos e santifica os outros”. Assim, todo e cada um, homem ou mulher, é chamado à santificação pelo trabalho que exerce, encontrando Deus nas coisas ordinárias da Terra, por menores que sejam. Segundo o fundador do Opus Dei, São Josemaria Escrivá de Balaguer, “o Opus Dei tem por fim promover entre pessoas de todas as classes da sociedade o desejo da plenitude da vida cristã no meio do mundo. Quer dizer, o Opus Dei pretende ajudar as pessoas que vivem no mundo — o homem vulgar, o homem da rua — a levar uma vida plenamente cristã, sem modificar seu modo normal de vida, nem seu trabalho ordinário, nem suas aspirações e anseios.”

“Por isso se pode dizer, como escrevi há muitos anos, que o Opus Dei é velho como o Evangelho e, como o Evangelho, novo. É lembrar aos cristãos as maravilhosas palavras que se leem no Gênesis: Deus criou o homem para trabalhar. Detivemo-nos no exemplo de Cristo, que passou quase toda a vida na terra trabalhando como artesão numa aldeia. O trabalho não é apenas um dos mais altos valores humanos e meio com que os homens devem contribuir para o progresso da sociedade; é também caminho de santificação.”

“O Opus Dei é uma organização internacional de leigos, a que também pertencem sacerdotes seculares (uma exígua minoria em comparação com o total de sócios). Seus sócios são pessoas que vivem no mundo e nele exercem a sua profissão ou ofício. Não entram no Opus Dei para abandonar esse trabalho, antes, pelo contrário, para encontrar uma ajuda espiritual que os leve a santificar o seu trabalho ordinário e a convertê-lo também em meio de santificar-se e de ajudar os outros a santificar-se”.

Não mudam de estado — continuam a ser solteiros, casados, viúvos ou sacerdotes —, mas procuram servir a Deus e aos outros homens dentro do seu próprio estado. O Opus Dei não está interessado em votos ou promessas; o que pede aos seus sócios é que, no meio das deficiências e erros próprios de toda a vida humana, se esforcem por praticar as virtudes humanas e cristãs, sabendo-se filhos de Deus.” O Opus Dei tem como lema “encontrar Deus no trabalho e na vida cotidiana”.

A maioria dos fiéis da Opus Dei é composta pelos membros supernumerários: são geralmente homens ou mulheres casados, que seguem carreiras convencionais e para quem a santificação dos deveres profissionais e familiares é parte principal da sua vida cristã. Os supernumerários constituem atualmente cerca de 70% do total dos membros do Opus Dei.

Os demais fiéis do Opus Dei são homens e mulheres que se comprometem a viver em celibato, por motivos apostólicos. Alguns moram com as suas famílias ou onde lhes for mais conveniente por motivos profissionais: são os adscritos da prelatura. Outros, pelas suas circunstâncias, podem permanecer plenamente disponíveis para cuidar das atividades apostólicas e da formação dos demais fiéis da prelatura: são os numerários, que ordinariamente podem viver em centros do Opus Dei, sem que isto impeça que desenvolvam sua carreira profissional.

Os Cooperadores do Opus Dei não pertencem à prelazia, mas colaboram com ela de alguma forma: orações, contribuições financeiras ou provendo algum outro tipo de assistência. Os cooperadores não precisam aderir a qualquer requisito especial, são apenas pessoas que apoiam o trabalho da Opus Dei, com o qual partilham ideais. Podem ser cristãos ou não.

Em 1934, São Josemaria publicou sua primeira obra CAMINHO,  a mais difundida de todas as suas obras, hoje com 4 milhões de exemplares. Escreveu outras obras espirituais: Santo Rosário, É Cristo que Passa, Amigos de Deus, Via Crucis, Sulco, Forja, o Amor a Igreja.

Em 1946, foi para Roma. Entre 1945 e 1975, começou o trabalho apostólico do Opus Dei em trinta países. Entre os anos 1946-1950 a obra recebeu todas as aprovações pontifícias.

Teve participação ativa no Concílio Vaticano II.

Entre 1970 e 1975 fez viagens de catequese pela Europa e América. Faleceu em Roma em 26 de junho de 1975.

Em 17 de maio de 1992 foi beatificado pelo papa João Paulo II. Foi também canonizado pelo Papa  João Paulo II.

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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