Quatro palavras-chave para esperar pelo Natal com sua família

Através das tarefas materiais que, sem dúvida, ocuparão grande parte do nosso tempo neste Advento, procuremos recordar estas quatro palavras: amor, oferta, pobreza e fraternidade

Calendário de Advento, caça ao presente, pão de especiarias, coroa de Advento, decoração de árvore de Natal… Há tantas coisas para fazer até ao Natal. Mas não esqueçamos o essencial.

Amor

É disso que os homens – e os nossos filhos em particular – mais precisam. Não basta ter um coração cheio de afeto, mas é preciso também provar este amor em termos concretos através dos pequenos gestos de cada dia. Vamos mostrar aos nossos filhos quanto os amamos. Amar, é claro, não é tanto dar – brinquedos, comida – mas sim oferecer a si próprio. E uma das maneiras mais concretas de dar de si mesmo é dar o seu tempo. O brinquedo mais simples será de valor incomparável para eles se nós tomarmos o tempo para brincar com eles, e o bolo será melhor se cozinharmos juntos.

Oferta

Os magos trouxeram ouro, mirra e incenso: que vamos oferecer a Jesus? Qual é o dom que Jesus quer? O que Jesus quer somos nós mesmos. Ofereçamo-nos como somos com as nossas faltas, o nosso pecado, as nossas limitações, a nossa infidelidade, mas também todas as nossas riquezas, todas as maravilhas que Deus colocou em nós. Demos tudo a Jesus, sem distinção: nossas preocupações e alegrias, nossos esforços e covardia, nosso desejo de o amar e nossas infidelidades.

Para que esta oferta não permaneça teórica, mas assuma uma forma muito concreta e precisa, encorajemos as crianças a escolher o que querem dar especialmente a Jesus. Se quiserem, podem escrever num pedaço de papel, numa estrela ou numa pequena pedra que colocarão perto do berçário na véspera de Natal. E, sobretudo, poderão entregar ao Senhor, no segredo do seu coração, no momento do ofertório, durante a Missa de Natal.

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Bênção da Árvore de Natal em família

Como viver o Natal em família?

Pobreza

Nenhuma riqueza impediu os pastores de correr para a manjedoura e nenhum preconceito obscureceu sua inteligência: eles simplesmente acreditaram. O mistério do Natal é revelado aos pequenos e aos pobres. Quais são as riquezas que nos mantêm prisioneiros, que nos impedem de correr livremente para o berçário?

Aqui também, sejamos concretos. Esta riqueza a que estamos ligados, pode ser um projeto que nos recusamos a abandonar ou um objeto que não queremos emprestar. E se é importante incentivar as crianças a darem um dos seus brinquedos na época do Natal, não é só porque as outras crianças carecem de tudo, é mais profundamente porque é um ato de desapego, de despojamento… na condição, é claro, de não descartarmos um jogo porque já não diverte ninguém!

Fraternidade

Jesus vem para nos revelar que Deus é nosso Pai e, ao mesmo tempo, que somos todos irmãos. Como viver esta fraternidade no Natal?

Algumas famílias estão habituadas a partilhar muito concretamente a alegria do Natal com os seus vizinhos, por exemplo, ou com outras pessoas que encontram durante o ano. As próprias crianças desenham cartões de Natal que deixam nas caixas de correio do edifício na véspera de Natal, fazem bolachas, pão de especiarias em forma de estrela que oferecem aos vizinhos, a uma senhora velha que está sozinha, aos pobres sentados aos pés da igreja. Em algumas paróquias, as famílias se reúnem para oferecer chocolate quente e brioche a todos aqueles que estão sozinhos no final da missa de Natal. Claro que são pequenos gestos, mas não são triviais se forem feitos com amor e podem afetar profundamente aqueles a quem se destinam.

“Não temais, eis que vos anuncio uma Boa-Nova que será alegria para todo o povo: 11.hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2, 10-11). Nos preparemos para acolher a alegria do Natal, entregando-nos inteiramente àquele que vem para nos amar.

Christine Ponsard

Fonte: https://pt.aleteia.org/cp1/2019/12/02/quatro-palavras-chave-para-esperar-pelo-natal-com-sua-familia/

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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