Portugal: Vandalizam estações da Via-Sacra em Fátima

Segundo o ACI (29/07/2019), quatro das 14 estações da Via-Sacra no Caminho dos Pastorinhos, em Fátima (Portugal), foram vandalizadas por desconhecidos entre a noite de quinta-feira, 25 de julho, e a manhã de sexta-feira, 26.

As imagens entre a terceira e a sétima estações foram pichadas com tinta spray amarela e escreveram palavras obscenas nas mesmas.

ADVERTÊNCIA: A imagem pode ferir a sensibilidade do leitor

Cresce em todo o País o vandalismo contra o património religioso e cultural. Na imagem, via Sacra em Valinhos Fátima, vandalizada !

Posted by Instituto Santo Condestável – ISC on Friday, July 26, 2019

De acordo com o Santuário de Fátima, o ato de vandalismo deve ter ocorrido entre as 20h de quinta-feira e as 8h de sexta-feira, por ser um horário em que não havia vigilância no local.

Em declarações ao site ‘mediotejo.net’, o gabinete de comunicação deste Santuário mariano assinalou que “este ato revela desrespeito por um lugar importante para os crentes”. Além disso, informou que o caso foi entregue às autoridades e que já estão providenciando a limpeza dos monumentos, o que requer um trabalho demorado.

“Prometemos ser breves mas há condicionantes técnicas que têm de ser observadas nomeadamente a escolha e o teste dos produtos que serão mais adequados para remover a tinta amarela da cantaria, que é feita de uma pedra especial”, indicaram.

Por esta razão, o Santuário colocou tapumes em frente de cada estação vandalizada, com uma imagem da referida estação, enquanto dá prosseguimento à limpeza.

Segundo a porta-voz do Santuário, Carmo Rodeia, declarou ao site do ‘Correio da Manhã’, “esta zona não fica no coração do santuário, mas é um espaço devocional muito importante, sobretudo para grupos organizados que visitam Fátima, muitos deles estrangeiros”. “Queremos que as pessoas façam a Via-Sacra sem constrangimento”, acrescentou.

As capelas entre a terceira e sétima estação da Via-sacra, do Caminho dos Pastorinhos, encontram-se tapadas e protegidas…

Posted by Santuário de Fátima on Saturday, July 27, 2019

O caso gerou indignação entre os católicos, que lamentaram o crescente “vandalismo contra o patrimônio religioso e cultural” do país, conforme assinalou em sue Facebook o Instituto Santo Condestável.

Diversas pessoas reagiram à publicação, como a internauta Ana Regalla, que assinalou que “nem a terra de Nossa Senhora respeitam”. “Perdoai-lhes Senhor porque não sabem o que fazem”, acrescentou.

“Será isto a democracia e a tolerância religiosa que tantos apregoam?”, questionou um internauta, enquanto outro lamentou que “esta sociedade que permitimos ser criada”.

Conforme assinala o Santuário de Fátima, a Via-Sacra, do Caminho dos Pastorinhos, foi construída com o apoio dos católicos Húngaros na década de 1960. Sua primeira pedra foi abençoada em 21 de junho de 1959 e as estações foram abençoadas em 12 de maio de 1964.

Os painéis das estações, em baixo relevo são da autoria de Maria Amélia Carvalheira da Silva.

Habitualmente, o Santuário promove três momentos organizados de celebrações naquele espaço durante o ano: uma Via-Sacra na Sexta-feira Santa; depois em 21 de março, para assinalar a data das Aparições do Anjo, ocorrida em 1916; e no dia 19 de agosto, para assinalar a aparição de Nossa Senhora nos Valinhos.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/portugal-vandalizam-estacoes-da-via-sacra-em-fatima-83188

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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