Por meio de Maria, a bênção do Pai iluminou os homens

“Bendita sois vós entre as mulheres”

“Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco” (Lc 1,28). Que pode haver de mais sublime que esta alegria, ó Virgem Mãe: Que pode haver de mais excelente que esta graça com a qual somente vós fostes por Deus cumulada? Que de mais jubiloso e esplêndido se pode imaginar? Tudo está longe do milagre que em vós se contempla, muito aquém de vossa graça. As maiores perfeições, comparadas convosco, ocupam um plano secundário, possuem um brilho bem inferior.

“O Senhor é convosco”. Quem ousará competir convosco? Deus nasceu de vós. Haverá alguém que não se reconheça inferior a vós, e ainda mais, não vos conceda alegremente a primazia e a superioridade? Por isso, contemplando vossas eminentes prerrogativas, que superam as de todas as criaturas, aclamo-vos com o maior entusiasmo: “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco”. És, pois, a fonte da alegria dos homens, até dos anjos!

Na verdade, “bendita sois vós entre as mulheres” (Lc 1,42), pois transformastes em bênção a maldição de Eva, fazendo com que Adão, abatido pela maldição, fosse por vós erguido e abençoado.

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Na verdade, “bendita sois vós entre as mulheres”, porque a bênção do Pai iluminou os homens por meio de vós, livrando-os da antiga maldição.

Na verdade, “bendita sois vós entre as mulheres”, porque até os teus antepassados encontraram em vós a salvação, pois destes à luz o Salvador que obteve para eles a salvação eterna.

Na verdade, “bendita sois vós entre as mulheres”, pois sem contribuição do homem produzistes o fruto que trouxe a bênção para toda a terra, redimindo-a da maldição que só produzia espinhos.

Na verdade, “bendita sois vós entre as mulheres”, porque, embora simples mulher, vos tornastes verdadeiramente Mãe de Deus. Se aquele que nasceu de vós é realmente Deus feito homem, sereis com razão chamada Mãe de Deus, dando verdadeiramente à luz aquele que é Deus.

Vós guardais o próprio Deus no claustro do vosso seio; ele habita em vós segundo a natureza humana e sai de vós como um esposo, trazendo para todos os homens a alegria e a luz divina.

Em vós, ó Virgem, como um céu puríssimo e resplandecente, Deus armou sua tenda, de ti sairá “como um esposo do quarto nupcial” (cf. Sl 18,5.6). Imitando a corrida do atleta, ele percorrerá o caminho da sua vida trazendo a salvação para todos os viventes; indo de um extremo a outro do céu, tudo encherá com o calor divino e sua luz vivificante.

Sermões de São Sofrônio, Bispo – Século VII

Retirado do livro: “No Coração da Igreja”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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