Papa no Ângelus: somos como a mulher adúltera diante de Deus, Ele nos salva e quer nossa conversão

PapaAngelusDOntem, 13 de março, o site ACI Digital noticiou que o Papa Francisco comentou o Evangelho de domingo, durante a Oração do Ângelus, e relatou o episódio da mulher adúltera, evidenciando o tema da misericórdia de Deus que nunca quer a morte do pecador, mas que se converta e viva.

“Ele é a graça que salva do pecado e da morte”, sublinhou. “Deus não nos prega ao nosso pecado, não nos identifica com o mal que cometemos. Ele quer nos libertar e quer que também nós queiramos junto com Ele. Quer que a nossa liberdade se converta do mal para o bem, e isso é possível com a sua graça”, disse o Pontífice na Praça de São Pedro.

Francisco explicou que “Na verdade, eles não foram ao Mestre para pedir-lhe o seu parecer, mas para fazer-lhe uma armadilha. De fato, se Jesus seguir a severidade da lei, aprovando a lapidação da mulher, perderá a sua fama de mansidão e bondade que tanto fascina o povo; se ao invés for misericordioso, irá contra a lei que Ele mesmo disse não querer abolir, mas cumprir.”

Jesus não responde, se cala e realiza um gesto misterioso: ‘Inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo’. Desta maneira, “convida todos à calma, a não agir de impulso e procurar a justiça de Deus”.
Mas aqueles, maus, “insistem e esperam dele uma resposta”, recordou o Papa. Então, Jesus levanta o olhar e diz: ‘Quem de vocês não tiver pecado, atire-lhe a primeira pedra’.”

“Esta resposta abala os acusadores, desarma todos no verdadeiro sentido da palavra: Todos depuseram as armas, ou seja, as pedras prontas para serem lançadas, tanto aquelas visíveis contra a mulher, quanto as pedras escondidas contra Jesus”.

“Quanto bem nos fará ser conscientes de que também nós somos pecadores! Quando falamos mal dos outros e todas essas coisas que nós conhecemos! Quanto bem nos fará ter a coragem de fazer cair no chão as pedras que lançamos contra os outros e pensar um pouco em nossos pecados”, acrescentou.

Finalmente, “permaneceram ali a mulher e Jesus: a miséria e a misericórdia, uma diante da outra. Quantas vezes isso nos acontece, quando nos detemos diante do confessionário”

O olhar de Jesus ” é cheio de misericórdia, cheio de amor para fazer aquela pessoa sentir, talvez pela primeira vez, que tem uma dignidade, que ela não é o seu pecado, ela tem uma dignidade de pessoa, que pode mudar de vida, pode sair daquelas escravidões e caminhar em uma estrada nova”.

Em seguida, o Papa Francisco disse: “aquela mulher representa todos nós que somos pecadores, ou seja, adúlteros diante de Deus, traidores de sua fidelidade” e “a sua experiência representa a vontade de Deus para cada um de nós: não a nossa condenação, mas a nossa salvação através de Jesus”.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/papa-no-angelus-todos-somos-como-aquela-mulher-adultera-ante-deus-ele-nos-salva-e-quer-nossa-conversao-14104/

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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