Papa Francisco: Viva a Quaresma com empenho porque ninguém vai ao Paraíso de carruagem

PapaF1marzoAudiencaGLuciaBallesterACIPrensaO site ACI Digital informou ontem (01/03/2017) que o Papa Francisco dedicou a catequese da Audiência Geral à Quaresma – que começou com a Quarta-feira de Cinzas – e sublinhou que é um tempo de esperança que requer empenho, porque ninguém vai “ao paraíso de carruagem”.

A Quaresma é “um caminho difícil, como é justo que seja, porque o amor é um desafio, mas um caminho cheio de esperança” e “o cansaço de atravessar o deserto – todas as provações, as tentações, as ilusões, as miragens… tudo isso serve para formar uma esperança forte”, disse ao recordar a passagem do povo de Israel pelo deserto.

Francisco explicou que “Cristo nos precede com o seu êxodo e nós atravessamos o deserto graças a Ele e atrás Dele. Ele foi tentado por nós e venceu o Tentador por nós, mas também nós devemos, com Ele, enfrentar as tentações e superá-las”.

“Mas isso não quer dizer que Ele fez tudo e nós devemos fazer nada, que Ele passou pela cruz e nós vamos ao paraíso de carruagem. Não é assim. A nossa salvação certamente é dom seu, mas, uma vez que é uma história de amor, requer o nosso ‘sim’ e a nossa participação no seu amor, como nos demonstra a nossa Mãe Maria e depois dela todos os santos”.

Sobre a Quaresma, o Papa recordou que “foi instituída na Igreja como tempo de preparação para a Páscoa e, portanto, todo o sentido deste período de quarenta dias é iluminado pelo mistério pascal para o qual é orientado”.

“Podemos imaginar o Senhor Ressuscitado que nos chama a sair das nossas trevas e nós nos colocamos em caminho para Ele, que é a Luz”. No entanto, “a Quaresma é um caminho para Jesus Ressuscitado, é um período de penitência, também de mortificação, mas não com fim em si mesmo, mas sim finalizado a nos fazer ressurgir com Cristo, a renovar a nossa identidade batismal, isso é, renascer novamente ‘do alto’, do amor de Deus”.

“O ponto de partida é a condição de escravidão no Egito, a opressão, os trabalhos forçados. Mas o Senhor não esqueceu o seu povo e a sua promessa: chama Moisés e, com braço forte, faz os israelitas sair do Egito e os guia pelo deserto para a Terra da liberdade”.

Francisco recordou que o povo de Israel permaneceu 40 anos no deserto, “o tempo de vida de uma geração”. “Uma geração que, diante das provações do caminho, é sempre tentada a lamentar-se pelo Egito e voltar atrás. Mas o Senhor permanece fiel e aquele pobre povo, guiado por Moisés, chega à Terra prometida”.

“Todo esse caminho é cumprido na esperança: a esperança de chegar à Terra e justamente nesse sentido é um ‘êxodo’, uma saída da escravidão à liberdade”, explicou.

“Cada passo, cada cansaço, cada prova, cada queda e cada retomada, tudo tem o sentido interno do desígnio de salvação de Deus, que quer para o seu povo a vida e não a morte, a alegria e não a dor”.

O Santo Padre manifestou que “para abrir este caminho, esta passagem, Jesus precisou despojar-se da sua glória, humilhar-se, fazer-se obediente até a morte e a morte de cruz”.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-viva-a-quaresma-com-empenho-porque-ninguem-vai-ao-paraiso-de-carruagem-64353/

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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