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Papa Francisco propõe um decálogo para os Núncios

  Por Prof. Felipe Aquino • 17 de junho de 2019 Notícias, Palavras do Papa, Papa e Santa Sé

Segundo o ACI, ao receber na quinta-feira, 14 de junho, na Sala Clementina do Vaticano os participantes da reunião de Representantes Pontifícios, que aconteceu de 12 a 15 de junho, em Roma, o Papa Francisco propôs um decálogo para os Núncios.

O Santo Padre entregou aos presentes uma espécie de “decálogo que, na realidade, através de vocês, se dirige também a todos os seus colaboradores e, de fato, a todos os bispos, sacerdotes e pessoas consagradas que estão em todas as partes do mundo”.

1. O Núncio é homem de Deus

“Ser um ‘homem de Deus’ significa seguir a Deus em tudo e para tudo; obedecer aos seus mandamentos com alegria; viver pelas coisas de Deus e não por aquelas do mundo; livremente dedicar todos os recursos, aceitando com um espírito generoso os sofrimentos que surgem como resultado da fé Nele”, escreveu o Papa Francisco.

“O homem de Deus não ludibria e nem engana o seu próximo; não cede a fofocas e boatos; conserva a mente e o coração puros, preservando olhos e ouvidos da sujeira do mundo”.

Depois de assinalar que o homem de Deus “não se deixa enganar pelos valores mundanos”, o Santo Padre indicou que na vida dos Núncios deve ser ressaltada a prática da “justiça, do amor, da clemência, da piedade e da misericórdia”.

“O Núncio que se esquece de ser um homem de Deus, arruína a si mesmo e aos outros, sai do seu caminho e também prejudica a Igreja, à qual dedicou sua vida”, frisou o Papa Francisco.

2. O Núncio é homem de Igreja

“Ao ser um representante pontifício, o núncio não representa si próprio, mas a Igreja e, em particular, o sucessor de Pedro. O núncio deixa de ser um homem de Igreja quando começa a tratar os seus colaboradores, funcionários, as irmãs e a comunidade da nunciatura como um patrão mau e não como um pai ou pastor”, assinalou o Pontífice.

“É feio ver um Núncio em busca de luxo, roupas e objetos ‘de marca’ entre pessoas que não têm o necessário. É um contratestemunho. A maior honra para um homem de Igreja é aquela de ser ‘servo de todos’”.

Ser um homem da Igreja, explicou o Papa, “requer também a humildade de representar o rosto, os ensinamentos e as posições da Igreja, isto é, deixar de lado as convicções pessoais”.

“Ser homem de Igreja quer dizer defender corajosamente a Igreja diante das forças do mal que sempre tentam desacreditá-la, difamá-la ou caluniá-la”.

3. O Núncio é homem de zelo apostólico

“O núncio é o anunciador da Boa Nova e, ao ser apóstolo do Evangelho, tem a tarefa de iluminar o mundo com a luz do Ressuscitado, levar Cristo até os confins da terra. É um homem a caminho que semeia a boa semente da fé nos corações daqueles que encontra. E aqueles que se encontram com ele, deveriam se sentir, de algum modo, interpelados”, explicou o Papa Francisco.

Depois de ressaltar que um dos desafios da tarefa dos núncios é a indiferença, o Santo Padre enfatizou que “a glória de Deus resplandece, sobretudo, na salvação das almas que Cristo redimiu com seu sangue. Disso se deduz que o principal compromisso de nossa missão apostólica será buscar a salvação e a santificação do maior número de almas”.

4. O Núncio é homem de reconciliação

“Uma parte importante do trabalho de todo núncio é ser um homem de mediação, da comunhão, do diálogo e da reconciliação. O núncio deve sempre tentar ser imparcial e objetivo, para que todas as partes encontrem nele o árbitro correto que busca sinceramente defender e proteger apenas a justiça e a paz, sem se deixar envolver negativamente”, indicou o Papa Francisco.

“Se um Núncio se fechasse na Nunciatura e evitasse encontrar as pessoas, trairia a sua missão e, ao invés de ser fator de comunhão e de reconciliação, se tornaria obstáculo e impedimento. Vocês não devem jamais esquecer que representam o rosto da catolicidade e a universalidade da Igreja nas igrejas locais espalhadas em todo o mundo e nos governos”.

5. O Núncio é homem do Papa

“Como representante pontifício, o Núncio não representa si próprio, mas o Sucessor de Pedro e age em seu nome perante a Igreja e os governos, ou seja, concretiza, atua e simboliza a presença do Papa entre os fiéis e as populações. É bonito que, em diversos países a Nunciatura é chamada ‘a Casa do Papa’”.

“Certamente, todas as pessoas podem ter reservas, simpatias e antipatias, mas um bom núncio não pode ser hipócrita, pois o representante é um link, ou melhor, uma ponte de conexão entre o Vigário de Cristo e as pessoas a quem foi enviado, em uma determinada região, para a qual foi nomeado e enviado pelo Romano Pontífice”.

Por isso, enfatizou o Papa Francisco, é “incompatível o ser Representante Pontifício e criticar o Papa por trás, ter blogs ou até mesmo se unir a grupos hostis a Ele, à Cúria e à Igreja de Roma”.

6. O Núncio é homem de iniciativa

“É necessário ter e desenvolver a habilidade e agilidade para promover ou adotar uma conduta adequada às exigências do momento, sem jamais cair nem na rigidez mental, espiritual e humana, nem na flexibilidade hipócrita e camaleônica. Não se trata de ser oportunistas, mas de saber como passar do conceito à implantação, tendo em mente o bem comum e a lealdade ao mandato”.

7. O Núncio é homem de obediência

O Santo Padre sublinhou que “a virtude da obediência é inseparável da liberdade, porque somente em liberdade podemos obedecer realmente, e somente obedecendo ao Evangelho podemos entrar na plenitude da liberdade. O chamado do cristão, e neste contexto, do Núncio, à obediência é o chamado para seguir o estilo de vida de Jesus de Nazaré”.

8. O Núncio é homem de oração

O Pontífice recordou, neste ponto do Decálogo, uma frase do Papa Paulo VI de 1951 sobre a figura do representante pontifício: “É a de alguém que verdadeiramente tem a consciência de levar Cristo com ele”.

“O Senhor é o bem que não decepciona, o único que não decepciona. E isso requer um desapego de si mesmo que só pode ser alcançado com uma relação constante com o Senhor e com a unificação da vida em torno de Cristo”, indicou.

9. O Núncio é homem de caridade ativa

Depois de enfatizar a importância de levar a oração às obras através da caridade, o Santo Padre se referiu a um “perigo permanente, o perigo das regalias. A Bíblia define o homem iníquo como aquele que ‘aceita presentes por baixo do manto, para desviar o curso da justiça'”.

“A caridade ativa deve nos levar a sermos prudentes ao aceitar os presentes que são oferecidos para obscurecer a nossa objetividade e, em alguns casos, infelizmente comprar a nossa liberdade. Nenhum presente de qualquer valor deve nos escravizar! Recusem os presentes muito caros e, muitas vezes, inúteis, ou enviem à caridade. E recordem que receber um presente caro não justifica nunca o seu uso”.

10. O Núncio é homem de humildade

Para concluir, o Papa Francisco recordou a Ladainha da humildade do Cardeal Rafael Merry del Val (1865-1930), Secretário de Estado e colaborador de São Pio X, que indica o caminho cristão da humildade e do amor.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-propoe-um-decalogo-para-os-nuncios-71955

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Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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