Papa Francisco: promover aborto e eutanásia é o comportamento dos mafiosos

FranciscoMisaSegundo ACI/EWTN Noticias (27/07/15), o Papa Francisco denunciou a “falsa compaixão” por detrás da promoção da eutanásia e do aborto, em sua mensagem para a jornada que a Igreja da Inglaterra e País de Gales e assegurou que quem promove estas práticas tem o comportamento dos mafiosos.

Os promotores do aborto e da eutanásia, observou, pensam desta maneira: “existe um problema, eliminemo-lo”.

O texto também fala de outros atentados à vida como “a praga do aborto”, a desnutrição e o terrorismo.

O Pontífice assegurou que “não é progressista pretender resolver os problemas eliminando uma vida humana”, pois esta é a forma de atuar “dos mafiosos: existe um problema, eliminemo-lo”.

Pelo contrário, devemos “cuidar da pessoa, sobretudo quando sofre, é débil ou indefesa”.

O Santo Padre denunciou uma “eutanásia encoberta” e destacou que “cada idoso, embora doente ou no final dos seus dias, leva em si o rosto de Cristo.

A vida humana é sempre “inviolável”, e “não há uma vida qualitativamente mais significativa que outra”, disse o Papa.

Em seguida, criticou que “o pensamento dominante propõe uma falsa compaixão, que considera ‘um ato de dignidade’ a prática da eutanásia”.

A opção da Igreja é “por aqueles que a sociedade descarta e elimina”. Entre eles, enfatizou, “estão também as crianças por nascer, que são as mais indefesas e inocentes de todos, as quais hoje se quer negar a dignidade humana a fim de poder fazer o que desejam, tirando-lhes a vida e promovendo leis de modo que ninguém possa impedir”, indicou o Pontífice.

O Santo Padre advertiu ainda que “não é uma conquista científica ‘produzir’ um filho, considerado como um direito, em vez de acolhê-lo como um dom; ou usar vidas humanas como objeto de laboratório para supostamente salvar outras”.

“A fidelidade ao Evangelho da vida, às vezes, requer escolhas corajosas e contra a corrente que, em certas circunstâncias, podem chegar à objeção de consciência”.

A defesa da vida não é “um problema religioso”, como pretendem alguns, mas “um problema científico, porque ali existe uma vida humana”, precisou o Papa.

O aborto e a eutanásia não são uma questão de modernidade, explicou, porque “no pensamento antigo e no pensamento moderno, a palavra matar tem o mesmo significado!”

“O grau de progresso de uma civilização se mede justamente pela capacidade de proteger a vida, sobretudo nas fases mais frágeis”, assinalou.

O Pontífice assegurou que “a praga do aborto é um atentado à vida. É um atentado à vida deixar morrer nossos irmãos nas barcaças no canal da Sicília. É um atentado à vida a morte no trabalho, porque não se respeitam as mínimas condições de segurança. É um atentado à vida a morte por desnutrição. É um atentado à vida o terrorismo, a guerra, a violência; mas também o é a eutanásia. Amar a vida é sempre ocupar-se do outro, desejar o seu bem, guardar e respeitar a sua dignidade transcendente”.

No final da sua mensagem à Igreja da Inglaterra e Gales, o Santo Padre concedeu sua benção apostólica “a todas as pessoas que participam deste importante evento e aos que trabalham, de diferentes modos, pela promoção da dignidade de toda pessoa humana desde o momento da sua concepção até sua morte natural”.

A mensagem foi enviada ao núncio apostólico na Grã-Bretanha, Dom Antonio Mennini, através do bispo encarregado pela jornada, Dom John Sherrington, bispo auxiliar de Westminster (Inglaterra).

O tema escolhido para esta edição da Jornada pela Vida está dentro do contexto da campanha de sensibilização organizada pelos Bispos ingleses e galeses, com vistas ao debate e ao voto da Câmara a respeito do projeto de lei sobre o suicídio assistido ou eutanásia, prevista para o próximo dia 11 de setembro.

Por Alvaro de Juana

Fonte:http://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-promover-aborto-e-eutanasia-e-o-comportamento-dos-mafiosos-77604/

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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