Segundo o ACI Digital (13/11/2016), ao longo de 3 dias, 6.000 sem teto e pessoas socialmente excluídas viveram seu Jubileu da Misericórdia particular em Roma e no Vaticano, o qual foi concluído com uma Missa na Basílica de São Pedro e palavras de ânimo do Papa Francisco. O Pontífice advertiu sobre aqueles que leem horóscopos e assinalou quais são os bens mais importantes para o cristão.
Ao explica as leituras da liturgia do dia, assinalou que “se apresentam como uma ‘peneira’ no meio do fluxo da nossa vida: lembram-nos de que, neste mundo, quase tudo passa, como a corrente da água; mas há realidades preciosas que permanecem, como uma pedra preciosa numa peneira”.
“E o que é que resta? O que é que tem valor na vida? Quais são as riquezas que não desaparecem? Seguramente duas: o Senhor e o próximo. Estes são os bens maiores, que havemos de amar. Tudo o resto – o céu, a terra, as coisas mais belas, mesmo esta Basílica – passa; mas não devemos excluir da vida Deus e os outros”.
Sobre a exclusão afirmou que “a pessoa humana, colocada por Deus no cume da criação, muitas vezes é descartada, porque se prefere as coisas que passam”.
“Isto é inaceitável, porque o ser humano é o bem mais precioso aos olhos de Deus. E é grave que nos habituemos a este descarte; é preciso preocupar-se quando se anestesia a consciência, já não fazendo caso do irmão que sofre ao nosso lado nem dos problemas sérios do mundo, que se reduzem a um refrão já ouvido nos sumários dos telejornais”.
Francisco indicou que um dos sintomas desta “esclerose espiritual” é “quando o interesse se concentra nas coisas a produzir, em vez de ser nas pessoas a amar”.
“Assim nasce a dramática contradição dos nossos tempos: quanto mais crescem o progresso e as possibilidades – e isto é bom – tanto maior é o número daqueles que não lhes podem chegar. É uma grande injustiça que nos deve preocupar muito mais do que saber quando e como será o fim do mundo. Com efeito, não se pode estar tranquilo em casa, enquanto Lázaro jazer à porta; não há paz em casa de quem está bem, quando falta justiça na casa de todos”.
Em uma de suas homilias mais longas, o Pontífice explicou que para os “pobres de si mas ricos de Deus, brilhará o sol da sua justiça: são os pobres em espírito, a quem Jesus promete o reino dos céus e dos quais Deus, pela boca do profeta Malaquias, declara: ‘são meus’”.