Papa Francisco fala da comunhão, criatividade e tenacidade na missão divina da Igreja

Segundo o ACI Digital (27/05/2024), o papa Francisco falou de três características que considera fundamentais na “missão divina” da Igreja: comunhão, criatividade e tenacidade. O papa falava aos participantes da assembleia geral das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no último sábado (25).

  1. Comunhão

Em discurso no Palácio Apostólico, no Vaticano, o papa falou sobre a Solenidade da Santíssima Trindade, celebrada no domingo (26).

“Quando contemplamos a Trindade, vemos que Deus é comunhão de pessoas, é mistério de amor”, disse o papa. “É o amor com que Deus vem procurar-nos e salvar-nos, enraizado no seu ser. Uno e Trino, e é também nisso que se baseia a natureza missionária da Igreja peregrina na terra”.

Para o papa Francisco, “a missão cristã não é transmitir alguma verdade abstrata ou qualquer convicção religiosa, mas, primariamente, permitir que, as pessoas que encontramos, possam fazer a experiência fundamental do amor de Deus”.

“Com efeito, se formos testemunhas luminosas que refletem um raio do mistério trinitário, poderão descobrir o amor de Deus na nossa vida e na vida da Igreja”, disse o papa.

O papa falou depois sobre a importância do processo de renovação dos estatutos das POM, no âmbito do “caminho sinodal da Igreja hoje” e ao ressaltar a importância de “caminhar juntos”.

  1. Criatividade

“A criatividade está ligada à própria liberdade de Deus, que ele nos dá em Cristo e no Espírito”, disse o papa. “Não devemos nos permitir sufocar a liberdade criativa missionária!”

O papa então citou uma frase de são Maximiliano Kolbe, missionário franciscano no Japão morto num campo de concentração nazista: “só o amor cria”.

“Recordemo-nos que a criatividade evangélica nasce do amor divino, e que cada atividade missionária é criadora na medida em que a caridade de Cristo constitui a sua origem, a sua forma e o seu fim”.

“Assim, com imaginação inesgotável, tal caridade inspira novos modos de evangelizar e de servir os outros, especialmente os mais pobres, e inclui as arrecadações habituais destinadas aos fundos universais de solidariedade com as missões”, continuou Francisco.

  1. Tenacidade

“Tenacidade, isto é, firmeza e perseverança no propósito e na ação. Contemplemos também esta característica do amor do Deus Uno e Trino que, para cumprir o seu desígnio de salvação, com fidelidade constante enviou os seus servos ao longo da história e, na plenitude dos tempos, se entregou em Cristo Jesus”.

O papa sublinhou que a “missão divina” deve ser um “caminho incansável” que pode chegar “até ao martírio”.

Francisco falou de um grupo de católicos mortos no Congo por se recusarem a se converter ao islã, e os 21 cristãos massacrados na Líbia em 2015, repetindo “Jesus, Jesus, Jesus” cuja primeira celebração do martírio ocorreu em janeiro.

“Somos, portanto, também chamados a ser perseverantes e tenazes nos nossos propósitos e ações. E viver também esta dimensão do martírio com o nosso exemplo”, sublinhou o papa.

Ao concluir seu discurso, o papa Francisco encorajou a não desanimar e a ajudar os irmãos que caem, estendendo a mão a eles com paciência: “isso também pode acontecer comigo”.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/58140/papa-francisco-fala-da-comunhao-criatividade-e-tenacidade-na-missao-divina-da-igreja

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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