Papa Francisco dá três conselhos a 300 párocos reunidos no Vaticano

Segundo o site ACI Digital (02/05/2024), o papa Francisco enviou na quinta-feira (2) uma carta aos párocos de todo o mundo com três conselhos para “serem construtores de uma igreja sinodal e missionária”.

Papa Francisco se reuniu pela manhã no Vaticano com os 300 padres que participam do Encontro Internacional dos Párocos, com o tema: “Os Párocos em prol do Sínodo”, em preparação para a próxima sessão do Sínodo da Sinodalidade, que acontecerá em outubro, em Roma.

O papa, no início de sua carta, lida na Sala do Sínodo disse que a igreja não poderia seguir adiante sem o compromisso e o serviço deles, e expressou sua gratidão e estima “pelo trabalho generoso” que eles “fazem a cada dia”.

Os párocos “conhecem a vida do povo de Deus por dentro, suas lutas e alegrias, suas necessidades e riquezas”, disse Francisco. “Uma Igreja sinodal precisa de seus párocos; sem eles, nunca poderemos aprender a caminhar juntos, nunca poderemos percorrer o caminho da sinodalidade”.

“Nunca nos tornaremos uma igreja sinodal missionária se as comunidades paroquiais não fizerem da participação de todos os batizados na única missão de proclamar o Evangelho o traço característico de sua vida. Se as paróquias não forem sinodais e missionárias, a Igreja também não o será”, disse Francisco.

Para o papa Francisco, as comunidades paroquiais “precisam ser cada vez mais lugares por onde os batizados saem como discípulos missionários e onde voltam, cheios de alegria, para compartilhar as maravilhas realizadas pelo Senhor através de seu testemunho”.

Também as incentivou a se comprometerem com a oração, o discernimento e o zelo apostólico, “para que nosso ministério possa se adaptar às exigências de uma igreja sinodal missionária”.

Os conselhos que o papa Francisco deu aos párocos

1- Viver seu carisma ministerial

Enumerando três temas, como é hábito entre jesuítas, primeiramente, o papa Francisco os exortou a “viver seu carisma ministerial específico cada vez mais ao serviço dos múltiplos dons espalhados pelo Espírito entre o povo de Deus”.

Dessa forma, “eles farão surgir muitos tesouros escondidos e se encontrarão menos sozinhos na grande tarefa da evangelização”, disse.

2- Discernimento comunitário

O papa também disse a eles para “aprender e praticar a arte do discernimento comunitário, fazendo uso do método da conversação no Espírito, que tanto nos ajudou no caminho sinodal e no desenvolvimento da própria Assembleia”.

“Tenho certeza que poderão colher muitos frutos disso, não só nas estruturas de comunhão, como no conselho pastoral paroquial, como também em muitos outros campos”.

3- Partilha e fraternidade

Por último, o papa Francisco os aconselhou a “basear tudo na partilha e na fraternidade” entre eles e “seus bispos”.

Francisco reiterou: “Não podemos ser autênticos pais, se não formos, antes de tudo, filhos e irmãos. E não seremos capazes de suscitar comunhão e a participação nas comunidades que nos foram confiadas se, primeiro, não as vivermos entre nós”. E assegurou que “só assim somos credíveis e nossa ação não desperdiça o que os outros já construíram”.

Ao final de sua carta, o papa assegurou que “não é apenas a igreja sinodal missionária que precisa de párocos, mas também o caminho específico do Sínodo da Sinodalidade”.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/57971/papa-francisco-da-tres-conselhos-a-300-parocos-reunidos-no-vaticano

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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