Na audiência aos participantes da Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos que aconteceu em Roma e que teve como tema a pergunta: “Não devemos talvez novamente recomeçar por Deus?”, o Santo Padre afirmou que “não deveríamos nunca nos cansarmos de repropor a questão de Deus hoje, de recomeçar por Deus”, para “dar novamente ao homem a totalidade das suas dimensões, a sua plena dignidade”.
O Santo Padre ao recordar os encontros e as iniciativas que dão novo impulso e esperança à missão evangelizadora da Igreja no mundo (por exemplo: o Ano da Fé programado para o ano que vem, o Congresso para os Leigos da Ásia que aconteceu em Seul no ano passado e aquele para os leigos da África na República dos Camarões em 2012 e a Jornada Mundial da Juventude) fez um apelo para que se encontrem respostas à mentalidade moderna que renuncia a toda e qualquer referência ao transcendente.
Foi essa mentalidade que “se demonstrou incapaz de compreender e preservar o humano” e, por isso, como consequência, gerou a “crise de significado e de valores”.
A questão de Deus é fundamental, porque o “homem que busca existir somente de modo positivo, no calculável e mensurável, por fim, fica sufocado”. Enquanto “homem que desperta dentro de si a questão sobre Deus, abre-se para a esperança, para uma esperança confiável”.
Bento XVI afirmou que o questionamento que se coloca sobre Deus não é uma questão de decisão ética ou alguma grande ideia, mas ele se inicia com o encontro pessoal. Inicia-se no encontro “com quem tem o dom da fé, com quem tem uma relação vital com o Senhor”.
Neste ponto foi que o Papa ressaltou a importância do papel dos fiéis leigos que devem “voltar de modo mais decidido à centralidade de Deus”, sendo “mais incisivos” no campo social, político e econômico no qual são chamados a operar.
Também a própria Igreja foi convidada a ser mais incisiva, pois, como afirmou o Papa, “as doenças do mundo” influem também no interior do “tecido eclesial”.
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Fonte: Gaudium Press