Papa convida a confiar na oração de Jesus que levou Pedro da covardia à valentia

De acordo com o site ACI, na Missa celebrada em Casa Santa Marta esta quinta-feira 23 de abril, o Papa Francisco explicou como São Pedro pôde deixar de ser um homem covarde que negou Jesus por medo do cárcere, a um apóstolo valente capaz de enfrentar o Sinédrio.

A chave, explicou o Santo Padre, é a oração de Jesus. Jesus rezou por Pedro para que ele não perdesse a fé.

Na Primeira Leitura desta quinta-feira, tomada do Livro dos Atos dos Apóstolos, narra-se o interrogatório dos membros do Sinédrio a Pedro e os apóstolos. O Supremo Sacerdote lhes disse: “Proibimos-lhes severamente de ensinar nesse nome”, quer dizer, no nome de Jesus, “e entretanto vós enchestes Jerusalém com sua doutrina e querem fazer recair sobre nós o sangue desse homem”.

Mas Pedro respondeu com contundência: “Deve-se obedecer a Deus antes que os homens. O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus a quem vós deram morte cravando-o numa cruz”.

Ante esta valente reação de Pedro, o Papa se perguntou: “Mas, este é o mesmo Pedro que tinha negado Jesus? Aquele Pedro que tinha tanto medo? Aquele Pedro que era um covarde? Como chegou aí?”.

“Qual foi o caminho de Pedro para chegar a este ponto, a esta valentia, a esta franqueza para expor-se?”. Porque Pedro não sempre tinha sido assim. Pedro “era um homem entusiasta, um homem que amava com força mas também um homem temeroso, um homem que estava aberto a Deus, ao ponto que Deus lhe revela que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus”.

Entretanto, “pouco depois, imediatamente depois, deixa-se cair na tentação de dizer a Jesus: ‘Não, Senhor, por esse caminho não. Vamos por outro’: a redenção sem Cruz. E Jesus lhe chama de ‘Satanás’”.

Pedro era um homem “que passava da tentação à graça, era capaz de ajoelhar-se ante Jesus e dizer: ‘afasta-te de mim que sou um pecador’, e logo buscar sobreviver sem ser visto e negar Jesus para não ser preso”.

Pedro era “instável, era muito generoso e também muito fraco. Qual era o segredo? Qual era a força que encontrou Pedro para chegar até aqui?”.

Para explicá-lo, o Pontífice recordou como “antes da Paixão, Jesus diz aos apóstolos: ‘Satanás lhes procurou para moê-los como o grão’. É o momento das tentações: ‘Serão assim, como o grão’. E a Pedro diz: ‘Eu rezarei por ti, para que tua fé não diminua’”.

“E este é o segredo do Pedro: a oração de Jesus. Jesus reza por Pedro, para que sua fé não diminua e possa confirmar na fé os irmãos. Jesus reza por Pedro”.

Francisco assegurou que da mesma forma que rezou por Pedro, Jesus “reza por nós; reza diante do Pai. Nós costumamos rezar a Jesus para que nos dê esta graça ou aquela outra, mas não estamos acostumados a contemplar Jesus que faz o Pai ver as feridas; o Jesus intercessor; o Jesus que reza por nós”.

“E Pedro foi capaz de fazer todo este caminho de covarde a valente com o dom do Espírito Santo e graças à oração de Jesus”.

O Papa convidou a pensar nesse caminho de Pedro graças à oração do Senhor. “Dirijamo-nos a Jesus, agradecendo porque ele reza por nós. Jesus reza por cada um de nós. Jesus é o intercessor. Jesus quis levar consigo as feridas para mostrar-lhe o Pai”.

“É o preço de nossa salvação. Devemos ter mais confiança, mais que em nossas orações, na oração de Jesus”, concluiu sua homilia o Papa Francisco.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/papa-convida-a-confiar-na-oracao-de-jesus-que-levou-pedro-da-covardia-a-valentia-49975

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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