O site Gaudium Press (11 de dezembro de 20 12) divulgou as palavras do Papa neste último sábado. No dia da Solenidade da Imaculada Conceição, o Santo Padre presidiu um ato de veneração à Maria Imaculada no período da tarde na Praça de Espanha, em Roma.
Unido à Roma, aos visitantes e peregrinos aos pés da imagem da Imaculada Virgem, Papa Bento XVI dirigiu suas palavras em decorrência ao Evangelho da Anunciação, assinalando que “o encontro entre o mensageiro divino e a Virgem Imaculada passa completamente despercebido: ninguém sabe, ninguém fala sobre isso. É um evento que, se acontecesse em nossa época, não deixaria traços nos jornais e revistas, é um mistério que se realiza em silêncio. O que é realmente grande passa muitas vezes despercebido e o silêncio se revela mais fecundo que a frenética agitação de nossas cidades, mas que – com as devidas proporções – se vivia também nas cidades importantes como a Jerusalém daquela época”.
E também acrescentou que muitas vezes “a vida frenética torna-nos incapazes de parar e ouvir o silêncio em que o Senhor faz ouvir sua voz discreta. Maria, no dia em que recebeu o anúncio do Anjo, estava aberta para a escuta de Deus. Nela não há obstáculo, não existe nada que a separe de Deus. Este é o significado do seu ser sem pecado original: seu relacionamento com Deus é livre de falha, não há separação, não há sombra de egoísmo, mas uma perfeita harmonia: o seu pequeno coração humano está perfeitamente centralizado no coração de Deus”. Ressaltando que “a voz de Deus não se reconhece no barulho e na agitação”, e que “a salvação do mundo não é obra do ser humano, da ciência, da técnica, da ideologia, mas vem da Graça, que significa Amor em sua pureza e beleza, é Deus como é revelado na história da salvação narrada na Bíblia e realizada em Jesus Cristo”.
E o Papa Bento XVI concluiu suas palavras nos levando a refletir que “neste tempo de Advento, Maria Imaculada nos ensina a ouvir a voz de Deus que fala no silêncio, a acolher a sua Graça que nos liberta do pecado e do egoísmo, para saborear a verdadeira alegria”.