Ordenação de Mulheres

ppcura201112A Igreja sempre ensinou que somente homens podem receber a ordenação sacerdotal.

Por exemplo, o Catecismo da Igreja Católica ensina:

“‘Só um varão (‘vir’) batizado pode receber validamente a ordenação sagrada’. O Senhor Jesus escolheu homens (‘viri’) para formar o colégio dos doze Apóstolos, e os apóstolos fizeram o mesmo quando escolheram os colaboradores que seriam seus sucessores na missão. O colégio dos Bispos, ao qual os presbíteros estão unidos no sacerdócio, torna presente e atualiza, até o retorno de Cristo, o colégio dos doze. A Igreja se reconhece ligada a essa escolha do próprio Senhor. Por isso, a ordenação de mulheres não é possível.

Ninguém tem o direito de receber o sacramento da ordem. De fato, ninguém pode arrogar-se a si mesmo este cargo. A pessoa é chamada por Deus para esta honra.” (1577-1578).

Mais claro do que isso, impossível. Todo católico fiel, conhecendo que a Igreja assim ensina infalivelmente por virtude divina, humildemente acolhe este ensinamento e a ele se submete como à própria vontade de Deus. Pois quem se recusa obstinadamente a acreditar nas verdades ensinadas pelo Magistério da Igreja, está excomungado, como herege.

Contudo, este ensinamento, como todos os outros, tem sido contestado pelas pessoas contaminadas pelo espírito do mundo.

Em 1994, o Papa João Paulo II publicou a Carta Apostólica “Ordinatio Sacerdotalis”, para relembrar e reafirmar solenemente que a Igreja não tem autorização para conferir o sacerdócio ministerial a mulheres, e que, portanto, ela nunca poderá ordenar mulheres.

O Papa disse explícita e solenemente:

“Em virtude de meu ministério de confirmar os irmãos eu declaro que a Igreja não tem qualquer autoridade para conferir ordenação sacerdotal a mulheres e que este julgamento deve ser definitivamente mantido por todos os fiéis à Igreja.”

Mesmo esta declaração formal e definitiva do Papa foi contestada, inclusive dentro da própria Igreja.

Portanto, o Papa pediu à Congregação para a Doutrina da Fé que esclarecesse definitivamente a Igreja que este ensinamento pertence ao depósito da fé e deve ser aceito por todos os fiéis.

Esta Congregação publicou em 1995 uma Declaração em que afirma, entre outras coisas, que o ensinamento do Papa aplica-se “sempre, em todo lugar, e para todos os fiéis” e constitui uma parte inquestionável do “depósito da fé”.

Por isso, a Congregação para a Doutrina da Fé oficialmente declarou que:

“Esta doutrina exige uma concordância definitiva porque, fundamentada na Palavra de Deus, escrita e constantemente preservada e aplicada na tradição da Igreja desde o início, foi proposta infalivelmente pelo magistério ordinário e universal.”

Como doutrina proposta infalivelmente pelo Magistério da Igreja e parte do depósito da fé, é uma verdade em que devem crer todos aqueles que desejam se salvar, como ensina Sto. Atanásio.

Se uma pessoa prega o contrário, dando a entender que um dia seria possível que uma mulher recebesse a ordenação sacerdotal, e desconhece a Doutrina da Igreja Católica a esse respeito, está cometendo uma grande leviandade, por falar daquilo que não conhece.

E a gravidade é ainda maior pelo motivo deste assunto dizer respeito diretamente à constituição divina da Igreja.

Mas, se a pessoa que professa essa heresia conhece a Doutrina da Igreja, então é um caso de explícita desobediência ao Magistério da Igreja. Essa desobediência apenas serve para enfraquecer a unidade da Igreja, diminuir a fé dos fiéis e escandalizar os pequeninos do rebanho.

Desejando parecer bem aos olhos do mundo, essas pessoas arriscam-se a tornar-se abomináveis aos olhos do Senhor.

“Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas se levantaram no mundo. Nisto se reconhece o Espírito de Deus: todo espírito que proclama Jesus Cristo que se encarnou é de Deus; todo espírito que não proclama Jesus, não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo de cuja vinda tendes ouvido, e já está agora no mundo.

Vós, filhinhos, sois de Deus, e os vencestes, porque o que está em vós é maior do que aquele que está no mundo. Eles são do mundo. É por isso que falam segundo o mundo, e o mundo os ouve. Nós, porém, somos de Deus. Quem conhece a Deus, ouve-nos; quem não é de Deus, não nos ouve. É nisto que reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.” (1Jo 4,1-6).

Fonte: http://agnusdei.50webs.com/div111.htm

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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