Oito reflexões dos santos sobre a Páscoa da Ressurreição

Ao longo dos séculos, vários santos da Igreja enviaram mensagens para celebrar a Páscoa da Ressurreição do Senhor.

Santo Agostinho

1. “Na Páscoa, nome hebreu que significa ‘passagem’, não só recordamos a morte e ressurreição do Senhor, mas também nós passamos da morte à vida… A Igreja, corpo de Cristo, espera participar definitivamente na vitória sobre a morte, triunfo já manifestado na ressurreição corporal de nosso Senhor, Jesus Cristo” (Carta 55, 2).

2. “Foi a carne a que morreu, a que ressuscitou, a que foi pendurada no madeiro, a que jazia no túmulo e agora está sentada no Céu” (Sermão 238, 2).

3. “Pois Ele não teria ressuscitado se não tivesse morrido, e Ele não teria morrido se não tivesse nascido; por isso, o fato de nascer e morrer existiu em função da ressurreição (…). Cristo, o Senhor, no fato de nascer e morrer, tinha seu olhar posto na ressurreição; nela Ele estabeleceu os limites de nossa fé. Nossa raça, ou seja, a raça humana, conhecia duas coisas: o nascer e o morrer. Para nos ensinar o que nós não conhecíamos, Ele pegou o que nós conhecíamos” (Sermão 229 H, 1).

São João Paulo II

4. “Se às vezes esta missão vos aparecer difícil, recordai as palavras do Ressuscitado: “Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo” (Mt 28,20). Assim, na certeza da sua presença, não temereis qualquer dificuldade nem obstáculo. A sua Palavra vos iluminará; o seu Corpo e o seu Sangue servirão de alimento e amparo no caminho quotidiano para a eternidade” (10 de abril de 2004).

5. “Maria é-nos guia no conhecimento dos mistérios do Senhor: e como n’Ela e com Ela compreendemos o sentido da Cruz, assim também n’Ela e com Ela chegamos a acolher o significado da Ressurreição, saboreando a alegria que promana desta experiência” (10 de abril de 1983).

Santo Tomás de Aquino

6. “Cristo provou sua ressurreição de três maneiras: pela vista: ‘Vede minhas mãos e meus pés’ (Lc 24,39); pelo toque, para o qual ele continua: ‘Apalpai e vede: um espírito não tem carne’; pelo paladar: ‘Mas, vacilando eles ainda e estando transportados de alegria, perguntou: ‘Tendes aqui alguma coisa para comer?’ (Ibid. 41)’” (Meditações para a Quaresma, Semana Santa e Páscoa).

São Paulo VI

7. A ressurreição de Cristo não é apenas seu triunfo pessoal, mas também o início de nossa salvação e, portanto, de nossa ressurreição. É assim agora, como libertação da primeira e fatal causa de nossa morte, que é o pecado, desapego da única verdadeira fonte de vida, que é Deus (cf. Rm 4,25; 6,11); é como penhor de nossa futura ressurreição corporal, salvos como somos, na esperança que não decepciona (Rm 8,24), para o último dia, para a vida que não conhece fim (I. 6,49 ss.) (30 de março de 1975).

São João XXIII

8. “Nossa Páscoa é, portanto, para todos uma morte ao pecado, às paixões, ao ódio, às inimizades, a tudo aquilo que é fonte de desequilíbrio, amargura e tormento na ordem espiritual e material. Esta morte é, na verdade, apenas o primeiro passo para um objetivo maior: pois nossa Páscoa é também um mistério de vida” (Homilia de 1959).

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/oito-reflexoes-dos-santos-sobre-a-pascoa-da-ressurreicao-81361

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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