O Papa e a família

enjoying the life together“Deus quis mandar seu Filho ao mundo em uma Família”…

Em sua recente viagem aos EUA, passando pela ONU e pelo “Encontro Mundial das Famílias” (EMF), ele fez declarações importantes sobre a importância da família segundo o coração de Deus; a união de um homem e uma mulher com seus filhos. A família tem sido ameaçada de muitas maneiras, e com isso a sociedade. Por isso o Papa foi ao EMF dar o seu recado em nome de Deus.familiasantuariodavida

A família, recordou o Papa, “é a célula primária de qualquer desenvolvimento social”. “Os governantes devem fazer o máximo possível por que todos possam dispor da base mínima material e espiritual para tornar efetiva a sua dignidade e para formar e manter uma família”. “A nível material, este mínimo absoluto tem três nomes: casa, trabalho e terra”.

E o Papa falou da importância de se garantir a liberdade religiosa, a liberdade de espírito e o direito à educação e outros direitos civis. Sabemos que há uma tendência perversa do Estado – em estilo totalitário – a querer substituir os pais na educação dos filhos, impondo a eles ideologias muitas vezes imorais.

O Papa destacou a importância do “direito primário das famílias a educar e o direito das Igrejas e de agregações sociais a apoiar e colaborar com as famílias na educação das suas filhas e dos seus filhos”.

E recordou algo fundamental: a negação da ideologia de gênero que não quer aceitar a diferença entre os sexos: “a defesa do ambiente e a luta contra a exclusão exigem o reconhecimento de uma lei moral inscrita na própria natureza humana, que inclui a distinção natural entre homem e mulher”.

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Outro ponto vital para o Papa é a “defesa da vida”, algo que está ligado à missão da família. Ele destacou, repetidamente, a importância de “defender a vida desde a concepção e em todas as suas etapas e dimensões”. Os “pilares do desenvolvimento humano integral têm um fundamento comum, que é o direito à vida”, e solicitou o “respeito absoluto da vida em todas as suas fases e dimensões”.

Destacou a “a fraternidade universal e o respeito pela sacralidade de cada vida humana.

Ele mostrou a grandeza fundamental da família ao dizer que: “Deus quis mandar seu Filho ao mundo em uma Família”. Cristo entrou em nossa história pela porta da família, a mesma pela qual todos os homens vêm ao mundo.

Em um discurso de improviso na EMF, o Papa na Filadélfia (26/02/2015), disse palavras importantes sobre a família; vale a pena ler:

“Um verdadeiro testemunho de que vale a pena a família, de que uma sociedade cresce forte, cresce boa, cresce formosa e cresce verdadeira se se edifica na base da família”.

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O que você faz para defender sua família?

“O mais lindo que fez Deus, diz a Bíblia, foi a família. Criou o homem e a mulher e lhes entregou tudo, entregou-lhes o mundo, cresçam, multipliquem-se, cultivem a terra, façam-na produzir, façam-na crescer, todo o amor que fez nessa criação maravilhosa a entregou a uma a uma família. Voltamos atrás um pouquinho. Todo o amor que Deus tem em si, toda a beleza que Deus tem em si, toda a verdade que Deus tem em si, ele a entrega à família. Uma família é verdadeiramente família quando é capaz de abrir os braços e receber todo esse amor…”

“Deus mandou a seu Filho ao mundo em uma família. Deus entrou em mundo por uma família e pôde fazê-lo porque essa família era uma família que tinha o coração aberto ao amor, que tinha as portas abertas ao amor… Deus sempre toca as portas dos corações, gosta de fazê-lo, vem de dentro, mas sabem o que mais gosta? É de tocar nas portas das famílias, encontrar as famílias unidas, encontrar as famílias que querem encontrar as famílias que fazem crescer os seus filhos e os educam e que os levam adiante e que criam uma sociedade de bondade, de verdade e de beleza. Estamos na festa das famílias. A família tem carta de cidadania divina, está claro? A carta de cidadania que tem a família foi dada por Deus para que em seu seio crescesse cada vez mais a verdade, o amor e a beleza.”

“Porque a Família, me perdoem a palavra, é uma fábrica de esperança, uma fábrica de vida e ressurreição, pois Deus abriu esse caminho. E os filhos, os filhos dão trabalho. Nós como filhos demos trabalho. Na família há dificuldades, mas essas dificuldades se superam com amor. O ódio não supera nenhuma dificuldade. A divisão dos corações não supera nenhuma dificuldade, somente o amor é capaz de superar a dificuldade, o amor é festa, o amor é gozo, o amor é seguir adiante…”educarpelaconquista

“Queria marcar dois pontinhos sobre a família, aos quais quisera que dessem um especial cuidado. Não só queria, nós devemos ter um especial cuidado: com as crianças e com os avós. Os meninos e os jovens som o futuro, são a força, os que levam adiante. São aqueles em quem pomos as nossas esperanças. Os avós são a memória da família, são os que nos deram a fé, transmitiram-nos a fé. Cuidar dos avós e cuidar das crianças é a mostra de amor. Não sei se a maior, mas eu diria, a mais promissora da família, porque promete o futuro. Um povo que não sabe cuidar das crianças e um povo que não sabe cuidar dos avós é um povo sem futuro porque não tem a força e não tem a memória que os leve adiante. E bom, a família é bela, mas custa, traz problemas. Na família às vezes há inimizades, o marido briga com a mulher ou se olham feio ou os filhos com o pai. Sugiro-lhes um conselho: nunca terminem o dia sem fazer as pazes na família. Em uma família não se pode terminar o dia em guerra”.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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