O banquete de Deus

A vida é dom de Deus, colocada no mundo numa dimensão de banquete. Mas sabemos que nem tudo é festa, alegria e felicidade. A festa existe quando bem organizada e formada pelos convidados que aceitam livremente participar e se preparam para isto.

A vinda de Jesus Cristo ao mundo foi como uma festa de casamento. Aconteceu o encontro dele com a humanidade, criando enlace matrimonial. Uma festa que continua na história. Participar dela supõe superação de tudo que destrói o que a constitui.

A fraternidade é o banquete da vida, que significa destruir os caminhos de sofrimento, de isolamento e de morte. É fruto de confiança e de entrega ao bem. É a certeza no Deus da vida, caminhando sob a proteção do bastão e do cajado do pastor divino.

No banquete de Deus, o verdadeiro pastor não deixa as ovelhas no curral, na enganação e na falta de liberdade. Ali ninguém se vende e nem desvia o que é bem para todos. É o banquete da solidariedade, das convicções, da partilha e da soma de valores.

Participar da festa do Senhor é comprometer-se com a justiça do Reino. É não concordar com as tramóias realizadas pelas falsas lideranças na sociedade. Este fato causa indignação e revolta na comunidade.

Muitas atitudes nos excluem do banquete de Deus. Há os que não aceitam o convite porque sua participação exige atitudes de justiça. Ali não é local de privilégios e de lucros pessoais. É o banquete da construção da sociedade justa e fraterna.

Na verdade, todas as pessoas são convidadas para construir o bem e para a alegria da festa. Devem abrir as portas do coração e atender a voz de Deus, superando os interesses próprios e egoístas. É não ter medo de vestir o traje da justiça.

O banquete de Deus é espaço de liberdade e vida para todas as pessoas, onde há gratuidade e solidariedade com os mais necessitados e empobrecidos. Somos chamados aí para uma atuação política de liberdade, sem falsas promessas.

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Dom Paulo Mendes Peixoto

Bispo de São José do Rio Preto – SP

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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