O site Canção Nova Notícias informou nesta terça-feira (27/08/13) que, segundo anunciado pela ONU, o número de crianças refugiadas pela guerra civil na Síria chegou a 1 milhão. A marca, descrita como ‘vergonhosa’ pela organização, representa metade dos 2 milhões de sírios que deixaram o país desde o início do conflito, em março de 2011.
Segundo a notícia os novos dados são divulgados em um momento em que as organizações internacionais investigam a alegação dos rebeldes sírios de que o governo teria usado armas químicas contra a oposição, em um ataque que matou dezenas de crianças em Damasco.
Para o diretor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), órgão que compilou os dados em conjunto com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Anthony Lake, “não é só mais um número. São crianças tiradas de suas casas e, às vezes, até de suas famílias, enfrentando horrores que só agora começamos a compreender”.
De acordo com a ONU, a maior parte das crianças sírias refugiadas estão espalhadas em campos no Líbano, Jordânia, Turquia, Irã e Egito. Números atualizados indicam que 740 mil delas têm menos de 11 anos da idade.
Sendo assim, além do dano físico, do estresse e do trauma provocados pelo deslocamento, os especialistas acrescentam que estas crianças também estão expostas a trabalho infantil, casamentos precoces, exploração sexual e tráfico humano.
Enfim, o problema não se limita aos campos de refugiados. Segundo as agências humanitárias, outras 2 milhões de crianças foram forçadas a realizar deslocamentos internos dentro da Síria por causa da guerra civil. Dados do alto comissário da ONU para os Direitos Humanos estimam que, dos 100 mil mortos no conflito, 7.000 eram crianças.