Notícias Escola da Fé: 15/09/2011

Papa pede escolas católicas de verdade
CASTEL GANDOLFO, quinta-feira, 8 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – O Papa Bento XVI pediu hoje aos bispos indianos de rito latino que velem para que suas escolas “sejam verdadeiramente católicas” e que respeitem a “herança espiritual e intelectual da Igreja”.

Nesse sentido, o Papa convidou os bispos a continuar “prestando uma especial atenção à qualidade do ensino das escolas presentes em suas dioceses, para assegurar que sejam realmente católicas e, portanto, capazes de transmitir estas verdades e valores necessários para a salvação das almas e a construção da sociedade”.

“Aqueles que ensinam em nome da Igreja têm a obrigação especial de respeitar a riqueza da tradição, de acordo com o Magistério e de uma maneira que corresponda às necessidades de hoje, enquanto que os estudantes têm o direito de receber a plenitude da herança espiritual e intelectual da Igreja”, disse.

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Merkel: derrotar injustiças é arma contra terrorismo
Chanceler participa do encontro mundial “Religiões e culturas em diálogo”
MUNIQUE, terça-feira, 13 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – “As religiões concebem o homem como uma criatura divina e, por isso, sua destruição é precisamente o contrário do que as religiões vivem e pregam”: esta foi a afirmação da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em sua intervenção no encontro mundial “Bound to Live Together. Religiões e culturas em diálogo”, que está sendo realizado por iniciativa da Comunidade de Sant’Egidio e da arquidiocese de Munique-Frisinga.

A chanceler alemã concordou com Andrea Riccardi, fundador de Sant’Egidio, quem, ao apresentar a sessão plenária da tarde, sublinhou o papel das religiões e da Europa como atores fundamentais para a construção de uma “civilização do viver juntos”.
A propósito da “primavera árabe”, a chanceler sublinhou que “é importante que o que aconteceu na Tunísia e em outros lugares não se reduza a uma ilusão. A Europa deve assumir responsabilidades com relação a esses países, especialmente com relação aos jovens”.

“Precisamos de um verdadeiro desenvolvimento no mundo – afirmou Merkel com convicção: vencer a fome, a sede, oferecer empregos. Somente assim poderemos ter um futuro melhor.” É preciso, no entanto, um modelo de desenvolvimento sustentável. “Quando Deus disse ao homem que possuísse a terra – afirmou – não queria que a explorasse, mas que cuidasse dela.”
“Devemos viver com os recursos naturais que temos – insistiu – e preservá-los para o futuro. A pergunta a ser feita é: estamos trabalhando pelo desenvolvimento ou para eliminar o futuro dos outros? E quanto desenvolvimento pretendemos permitir aos outros?”

É necessário “desenvolver uma economia sustentável, pagando o preço da nossa riqueza sem fazê-lo pesar sobre os outros ou sobre as gerações futuras. Fazer crescer o bem-estar sem repetir os erros do passado, investindo em energias alternativas e em biodiversidade”.
Na opinião da chanceler alemã, o mundo “já não pode ser governado em nível nacional, mas mundial. Por isso, a ONU será cada vez mais importante” e, ainda que seja difícil “colocar em acordo os 194 países do mundo, no entanto é necessário”.

“A base da nossa convivência – sublinhou – é respeitar a declaração dos direitos do homem: também os homens religiosos devem intervir quando eles são violados. (.) As religiões ensinam a ver o que une e, por isso, terão um papel cada vez mais importante, pois os homens se perguntam sobre o que os une.”
Nos homens, “há um desejo profundo de paz e liberdade, que não se deixa vencer. (.) Não deixaremos que tirem de nós nossas convicções mais profundas. Acreditamos que, às vezes, são necessárias soluções militares para resolver os conflitos, mas estas não são capazes de trazer a paz.”

“Estamos em uma época em que existe o perigo de que os homens vivam por motivos equivocados. Vencer as injustiças é uma arma grandiosa contra o terrorismo e nós trabalhamos juntos por isso.”

Se, de fato, “a guerra é a mãe de todas as pobrezas, então a paz é a mãe de todo desenvolvimento – afirmou. João Paulo II, no encontro de Assis, nos disse que a paz está fraca de saúde e requer imensos cuidados. Cada geração está chamada a protegê-la das doenças”.
“Todos nós temos um compromisso comum pela paz: trabalhar pela unidade da família humana, como sugeriu João Paulo II, com o coração e com a mente”, concluiu.

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Doador de esperma que tem 150 filhos nos Estados Unidos
NOVA IORQUE, 09 Set. 11 (ACI/EWTN Noticias) .- O diário New York Times difundiu esta semana a história de Cinthya Daily, uma mulher que descobriu que o bebê que concebeu há sete anos com sêmen de um doador tem ao menos 150 meio-irmãos, um caso que evidência como o milionário negócio da fecundação artificial está fora de controle no país há tempos.

Nos Estados Unidos não há um limite oficial para conceber crianças de um único doador de sêmen e o caso de Daily confirmou as críticas de diversos peritos sobre a massificação das práticas de fecundação artificial e seus riscos.
O jornal admite que “existe uma crescente preocupação entre os pais, os doadores e os peritos médicos sobre as possíveis conseqüências negativas de ter tantos filhos gerados pelos mesmos doadores, incluindo a possibilidade de que os genes de enfermidades raras possam propagar-se mais amplamente através da população”.

“Alguns peritos inclusive chamando a atenção sobre o aumento das probabilidades de incesto acidental entre irmãos, que freqüentemente vivem perto uns dos outros”, acrescenta o jornal.
A reportagem também informa que à medida que mais mulheres optam por ter filhos por conta própria, e o número de crianças nascidas por inseminação artificial aumenta, começam a aparecer grupos de irmãos doadores em redes sociais a partir dos números únicos de identificação dos doadores de esperma.

“Os críticos dizem que as clínicas de fertilidade e bancos de esperma estão ganhando enormes benefícios ao permitir que muitas crianças sejam concebidas com esperma de doadores populares, e que as famílias deveriam receber mais informação sobre a saúde dos doadores e as crianças concebidas”, explica.
“Temos mais regra para comprar um automóvel usado que para adquirir esperma”, afirmou Debora L. Spar, presidente do Barnard College e autora do livro “The Baby Business: How Money, Science, and Politics Drive the Commerce of Conception” (O negócio dos bebês: Como o Dinheiro, a Ciência e a Política conduz o comércio da Concepção).

Para Spar nenhuma relação comercial tem tão poucas regras como a indústria da fertilidade pois embora outros países, incluindo a Grã-Bretanha, França e Suécia, limitem o número de filhos de um doador de esperma, este limite não existe nos Estados Unidos.

Ninguém sabe quantas crianças nascem nos Estados Unidos de doadores de esperma. Segundo algumas estimativas, o número flutua entre 30 mil e 60 mil. Requer-se das mães que informem voluntariamente sobre o nascimento de uma criança gerada com esperma mas apenas 20 até 40 por cento delas o faz, conforme explicou Wendy Kramer, fundadora do registro de irmãos de doadores compatíveis.

Kramer teve seu filho Ryan, agora de 20 anos, através de um doador de esperma e no ano 2000 iniciou o registro para ajudar a conectar famílias com filhos como o seu. Em seu registro, os pais podem inscrever o nascimento de um menino e encontrar meios irmãos através do número atribuído a cada doador de esperma.
Segundo Kramer, muitos pais de família se surpreendem ao saber quantos meios-irmãos sua criança tem.

“Alguns pensam que sua filha pode ter poucos irmãos, mas logo vão ao nosso site e encontram que na realidade ela tem 18 irmãos e irmãs. Estão assustados. Estou surpresa de que estes grupos sigam crescendo e crescendo”, indicou.
Kramer acredita que certos bancos de esperma nos Estados Unidos trataram as famílias com pouca ética e é hora de considerar uma nova legislação que limite este negócio.

A doutrina católica se opõe à fecundação in vitro por duas razões primordiais: primeiro, porque se trata de um procedimento contrário à ordem natural da sexualidade que atenta contra a dignidade dos esposos e do matrimônio.
Em segundo lugar porque a técnica supõe a eliminação de seres humanos em estado embrionário tanto fora como dentro do ventre materno, implicando vários abortos em cada processo.
 
Site ajuda filhos de doadores de sêmen a encontrar pais e meio-irmãos
Famílias com crianças concebidas através de inseminação artificial estão se reunindo nos Estados Unidos por um elo em comum: o doador anônimo de sêmen.

Através de grupos e fóruns na internet, adolescentes tentam conseguir informações sobre seus doadores e encontrar possíveis meios-irmãos dispostos a fazer contato. Em alguns casos, o encontro é surpreendente.

“Temos casos de pessoas que encontram 70, 80 e até mais de 100 irmãos”, diz Ryan Kramer, co-fundador do Donor Sibling Registry (DSR), o maior registro de pessoas concebidas através da doação de gametas do país.
O site, criado em 2000 como um grupo de e-mails no Yahoo, permite que filhos busquem seus doadores e meios-irmãos, deixando postagens em uma espécie de mural.
Na maior parte das vezes, a referência para o encontro é o número do doador de sêmen no banco ou clínica, uma das poucas informações fornecidas às famílias. Estima-se que mais de 30 mil crianças a cada ano sejam concebidas através da compra de sêmen nos Estados Unidos.

Curiosidade

A administradora Michele Jorgenson, de 40 anos, tomou a iniciativa de procurar o pai biológico de sua filha Cheyenne, quando ela tinha 9 anos.
“A principal razão foi curiosidade. Eu queria conhecer a outra parte dela. E também tinha medo de ele ter morrido e ela nunca ter a chance de conhecê-lo”, disse à BBC Brasil.

A busca durou dois anos e hoje, Cheyenne se encontra com seu doador anualmente, durante o verão. Mas mesmo antes de encontrá-lo, a menina começou a conhecer seus 13 meios-irmãos, através do Donor Sibling Registry.
Michele diz que já organizou encontros familiares com até oito dos irmãos de Cheyenne e seus pais. “Acho que foi positivo para ela, porque ela não teria outros irmãos e irmãs se não fosse por isso”, diz a mãe.

Michele, que vivia com uma parceira quando concebeu Cheyenne, conta que a filha dizia, durante a infância, que queria “uma família normal”. Para Michelle, essa foi uma das razões pelas quais quis identificar logo o pai biológico de sua filha.
“Não quis que ela ficasse chateada por não conhecê-lo ou que ela passasse pela dor de não saber quem ele era. Pensei que talvez um dia ela pudesse se ressentir de mim por não saber sobre ele”, diz.

Segundo uma pesquisa conduzida por Wendy Kramer com pesquisadores da Universidade Estadual da Califórnia usando a base de dados do site, filhos de casais homossexuais, que correspondiam a cerca de 40% dos visitantes do DSR, tendem a descobrir mais cedo que foram concebidos através da doação de sêmen ou óvulo e a ter mais abertura para falar sobre o assunto com a família.

“A maioria dos filhos de todos os tipos de família deseja ter algum contato com seu doador, mas há menos conforto para discutir isso em famílias com pais heterossexuais”, diz o estudo.

‘Família estendida’
O DSR foi criado por Wendy Kramer em 2000, quando seu filho Ryan começou a ter curiosidade sobre seu pai biológico.
“Um dia perguntei a minha mãe: ‘meu pai está morto ou o quê?’. Ela não estava muito preparada, mas me respondeu o melhor que podia”, disse Ryan Kramer à BBC.

Sem ajuda do banco de sêmen, Wendy e Ryan desenvolveram um site onde doadores, filhos e meios-irmãos podem se encontrar e trocar informações médicas e experiências.
“Descobrimos por acidente que ele tinha uma meia-irmã, porque uma pessoa do banco de sêmen nos disse sem querer. Aí começamos o grupo no Yahoo, para procurá-la”, disse Wendy à BBC Brasil.

Atualmente, o site recebe 10 mil visitas por mês e já possibilitou o encontro de 8.400 pessoas com irmãos ou doadores.
Mas a dificuldade de falar sobre o tema também impediu que Ryan Kramer fizesse contato com as primeiras meias-irmãs que descobriu através da popularidade do site.

“Na primeira vez, a mãe de irmãs gêmeas me procurou para dizer que elas eram filhas do mesmo doador que eu, mas disse que elas não podiam saber que foram concebidas com uma doação de sêmen”, conta.
“Algum tempo depois descobriu outra meia-irmã e começamos a nos corresponder, mas a mãe dela impediu o nosso contato. Nunca mais nos falamos. Foi muito difícil para mim que as primeiras pessoas que encontrei tivessem essa resposta.”

Agora, ele encontra regularmente com três irmãs dos sete meios-irmãos que descobriu. “Mas acho que o número real está entre 20 e 30”.
Conhecer o pai biológico foi mais difícil para Ryan, que teve que colocar seu DNA em um banco de dados e cruzar as respostas com um registro público da cidade onde sabia que seu doador tinha nascido.

“Quando tinha certeza, escrevi uma carta para ele dizendo que só queria conhecê-lo. Ele me respondeu e desde então desenvolvemos uma relação única e muito boa, nos encontramos ao menos uma vez ao ano. Meus avós biológicos se mudaram para perto de mim e eu os vejo sempre, é como uma família estendida”, diz.

Doadores de sucesso
Segundo Wendy Kramer, o grande número de filhos de um mesmo doador pode criar novas famílias, mas também causa problemas.

“Os doadores estão dispostos a encontrarem os filhos porque sabem que é o correto a fazer, mas geralmente se retiram do site depois que encontram 7 ou 10 crianças, porque não conseguem lidar com muito mais do que isso”, diz.
“Os bancos prometem que o sêmen do doador não será usado para mais que dez ou 20 crianças, mas é uma piada. Os pais vem ao nosso site e dizem ‘Eu encontrei 25 filhos! Como é possível? Eles me prometeram que não seriam mais que dez!’.”

A pesquisadora americana Randi Epstein, autora do livro Get me out: A History of Childbirth from the Garden of Eden to the Sperm Bank (Me tire daqui: Uma história do nascimento desde o Jardim do Éden até o Banco de Esperma), diz que nos Estados Unidos, não há registro sobre a comercialização de sêmen nem sobre o número de bebês nascidos de cada doador desde 1988.
“A contagem, assim como os exames médicos, é feita pelos bancos. Então os pais não vão ter o sêmen de alguém com HIV ou com infecções sérias. Mas o doador pode acabar tendo 50 filhos”, disse à BBC Brasil.

De acordo com Epstein, a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva recomenda aos bancos de sêmen e clínicas que não permitam mais de 25 nascimentos de um mesmo doador em uma população de 800 mil pessoas, para evitar a ocorrência de casamentos consanguíneos.
“Mas isso nem sempre é obedecido, porque há alguns doadores que fazem mais sucesso nos bancos de esperma, porque são atléticos, inteligentes, etc. Por isso os bancos não querem tirá-los dos seus catálogos”, diz.

Movimento
Iniciativas como a criação de sites para ajudar filhos de doadores de sêmen a encontrar familiares biológicos não contam com o apoio ou a colaboração explícitos dos bancos de doação, nem das autoridades americanas.
Através dos sites, os familiares e filhos de doadores anônimos nos Estados Unidos criaram um movimento pedindo a criação de leis que garantam seu acesso a informações sobre a localização e o histórico médico do doador de sêmen.

O Estado de Washington foi o primeiro a conceder aos filhos o direito de conseguir informações sobre seus pais biológicos, no último mês de julho.
De acordo com a nova lei, eles podem consultar as informações a partir dos 18 anos, a não ser que os doadores assinem um termo que proíba expressamente a divulgação de sua identidade.

Países como a Suécia, a Áustria e o Reino Unido aboliram completamente as doações anônimas.
Fonte:
http://estilo.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2011/09/13/site-ajuda-filhos-de-doadores-de-semen-a-encontrar-pais-e-meio-irmaos.htm
 
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Cardeal Schönborn, Arcebispo de Viena, responde aos padres do “Apelo a desobediência”.
O cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, respondeu ao “apelo à desobediência” de um grupo de 321 padres sobre questões como o celibato sacerdotal com uma oferta de diálogo, combinado com uma advertência das possíveis consequências severas para aqueles que não honrarem seus votos.
O cardeal Schönborn se encontrou com os líderes da “iniciativa dos párocos Austríacos”, que pertencem à arquidiocese de Viena, para discutir as questões, mas também as consequências de seu Apelo à Desobediência.

Fonte:
http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/26180-schonborn-arcebispo-de-viena-responde-aos-padres-do-apelo-a-desobediencia

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Lefebvristas: Não temos intenção de aceitar Concílio Vaticano II
Bernard Fellay, líder da Fraternidade São Pio X que reúne os seguidores do Arcebispo francês Marcel Lefebvre -que ordenou em 1988 quatro bispos sem permissão papal e que faleceu excomungado- assinalou em uma recente entrevista que sua organização “não tem a intenção” de aceitar o Concílio Vaticano II.
Assim o indicou em uma entrevista concedida a Alain Lorans, também de sua instituição, o passado 15 de agosto durante a realização da chamada universidade de verão criada por Lefebvre.

A afirmação de Fellay, um dos quatro bispos da fraternidade a quem o Papa Bento XVI levantou a excomunhão em janeiro de 2009, enquadra-se na reunião que sustentará com o Prefeito para a Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano, Cardeal William Levada, na próxima quarta-feira 14 de setembro.
Um comunicado dos lefebvristas assinala que o objetivo do encontro é “fazer uma avaliação das discussões teológicas realizadas pelos peritos da Congregação para a Fé e da Sociedade de São Pio X nos últimos dois anos acadêmicos, e logo considerar as perspectivas de futuro”.

Na extensa entrevista, Bernard Fellay assinala sobre a reunião com o Cardeal Levada que “se seu objetivo for sempre a aceitação do Concílio por parte da Fraternidade, as discussões foram o suficientemente claras para mostrar que nós não temos a intenção de seguir esse caminho”.
“É claro que se existir alguém que vê no Concílio uma ruptura com o passado, esses somos nós”, acrescenta logo.
Fellay disse também que “nós não duvidamos em atacar o Concílio enquanto tal, pondo um acento no que está mal”.

Bernard Fellay comenta logo que “por parte de Roma nos falta a claridade. Nós gostaríamos que Roma voltasse a ser de novo o farol da verdade, mas está longe de ser esse o caso neste instante”.
A opinião expressa por Fellay na entrevista contrasta diametralmente com o que foi expresso pelo Prefeito para a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antonio Cañizares, quem explicou ao grupo ACI que o Concílio Vaticano II “não interrompeu para nada” a Tradição da Igreja e que “a tradição segue viva, a tradição segue aberta e o Concílio Vaticano II é tradição”.

Situação da Fraternidade São Pio X
No último 5 de julho e logo que a Fraternidade São Pio X ordenasse de maneira ilegítima 20 sacerdotes na Suíça, Alemanha e Estados Unidos, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Pe. Federico Lombardi, assinalou ao grupo ACI que “enquanto a Fraternidade não tenha um status canônico na Igreja -como sublinha Bento XVI- seus ministros não exercem um ministério legítimo nela”.
A afirmação do Pe. Lombardi reitera o que já foi expresso pela Santa Sé em um comunicado em fevereiro de 2009 no qual explicou-se que “o levantamento da excomunhão libertou os quatro bispos de uma pena canônica gravíssima, mas não mudou a situação jurídica da Fraternidade São Pio X, que no momento atual, não goza de nenhum reconhecimento canônico na Igreja Católica”.

O levantamento da excomunhão
Em 24 de janeiro de 2009 Bento XVI decidiu levantar a excomunhão que pesava sobre os quatro bispos ordenados por Lefebvre: Bernard Fellay, Richard Williamson, Alfonso de Galarreta e Tissier de Mallerais.
Em 29 de janeiro de 2009, ao final da audiência geral, o Papa explicou que a decisão de levantar a excomunhão, um “ato de paterna misericórdia”, foi tomada porque estes bispos “haviam me manifestado várias vezes seu vivo sofrimento pela situação em que se encontravam”.

Bento XVI expressou seu desejo de que “este meu gesto seja correspondido pelo compromisso solícito por parte deles de dar os ulteriores passos necessários para realizar a plena comunhão com a Igreja, testemunhando assim verdadeira fidelidade e verdadeiro reconhecimento do magistério e da autoridade do Papa e do Concílio Vaticano II”.

Para precisar ainda mais os alcances do levantamento da excomunhão, em 4 de fevereiro de 2009 a Secretaria de Estado Vaticano indicou em um comunicado que os quatro bispos estão obrigados ao “pleno reconhecimento do Concílio Vaticano II” e do Magistério de todos os Papas posteriores a Pio XII.
O texto também solicitava a um destes quatro, o bispo Richard Williamson, que nega o holocausto judeu, que tome distância “publicamente e de modo totalmente inequívoco sobre suas posições sobre a Shoah, não conhecidas pelo Santo Padre ao momento do levantamento da excomunhão”.

Constante rechaço lefebvrista à mão estendida do Papa
As afirmações de Fellay na entrevista com Lorans este 15 de agosto, somam-se a uma série de declarações dele e do bispo Williamson, que em repetidas ocasiões expressaram seu rechaço à mão estendida do Santo Padre.
Em janeiro de 2010 o bispo Richard Williamson assinalou que as negociações de seu grupo com a Santa Sé constituem “uma conversa entre surdos” na qual nunca vai se chegar a um acordo porque ambas as posições são “absolutamente irreconciliáveis”.

Em fevereiro de 2011 Bernard Fellay confirmou esta opinião do Williamson e em uma entrevista com os membros nos Estados Unidos de sua organização disse que no diálogo com a Santa Sé não puderam convencer os representantes do Vaticano a fazer que a Igreja retorne ao estado anterior ao Concílio Vaticano II, transgredindo a vontade do Santo Padre.

Fellay explicou nessa entrevista que a Santa Sede assinalou-lhes que “existiam problemas doutrinais com a Fraternidade e que os mesmos deviam ser esclarecidos antes de um reconhecimento canônico” por parte da Igreja.
De um começo os lefebvristas mantiveram um claro rechaço ao Concílio Vaticano II, considerando que marcou uma quebra na Tradição da Igreja, razão pela qual não aceitam o magistério dos Papas desde João XXIII em adiante.

O que é o Concílio Vaticano II?
O Concílio Vaticano II, que congregou centenas de bispos de todo o mundo em diversas sessões entre 1962 e 1965 no Vaticano, é um dos acontecimentos eclesiásticos mais importantes da história contemporânea.
O histórico evento, presidido sucessivamente pelos Papas João XXIII e Paulo VI, produziu um corpo de doutrina que busca promover a fé católica no mundo, renovar a vida cristã dos fiéis, adaptar a liturgia e alentar a presença ativa dos leigos na vida da Igreja. O Concílio produziu 16 documentos, quatro constituições, nove decretos e três declarações conciliares.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=22455

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Príncipe de Liechtenstein promete veto a qualquer lei que libere o aborto
Vaduz (Sexta-feira, 09-09-2011, Gaudium Press) O príncipe regente de Liechtenstein, Alois Philipp Maria, acaba de afirmar que usará de sua prerrogativa de veto para qualquer medida legislativa que venha permitir a liberação do aborto em seu principado.

Em 18 de setembro, os eleitores de Liechtenstein vão participar de um referendo a propósito de uma iniciativa que permite a realização do aborto durante o primeiro trimestre da gravidez ou quando o feto for considerado gravemente incapacitado.

O príncipe Alois, agindo dentro de suas prerrogativas como soberano do país, anunciou que, se o referendo for aprovado pelos eleitores, ele irá vetá-lo.

Liechtenstein é uma monarquia constitucional que se localiza nos Alpes, entre a Áustria e a Suíça. A população é constituída, em sua maioria (75%), por católicos, e a tomada de atitude do príncipe em defesa da vida pode vir a influenciar os resultados do voto popular.

Fonte:  Com informações da Catholic Culture.org
http://www.gaudiumpress.org/view/show/29587

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Cristãos australianos protestam contra decisão do Governo de eliminar as referencias AC e DC dos textos escolares
Sidney (Quinta-feira, 08-09-2011, Gaudium Press) Cristãos da Austrália têm expressado sua decepção e mal estar diante da decisão do Governo australiano, liderado pela Primeira Ministra Julia Gillard, que pretende eliminar as referencias “Antes de Cristo” e “Depois de Cristo” nas datas históricas referidas em textos escolares.

A referencia ao nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo na indicação das eras históricas é de compreensão universal e seu uso é generalizado.
Segundo normas oriundas do Governo da Austrália, a terminologia será substituída por outra nomenclatura que não faça nenhuma referencia religiosa. Os novos termos em inglês deverão ser Before Common Era (BCE) (“Antes da Era Comum”, em inglês); Before Present (BP) (“Antes do presente”, em inglês) e Common Era (CE) (“Era comum”, em inglês).

De acordo com informações do jornal australiano “The Sun Herald”, um porta voz do Escritório Australiano de Avaliação e Administração de Informação do Plano de Estudos afirmou que os novos termos expressam melhor as indicações de datas.

Os cristãos, no entanto, vêm nas modificações propostas uma tentativa absurda de apagar qualquer referencia a Nosso Senhor Jesus Cristo na Historia da Humanidade e acusam as autoridades da Educação de tentar “varrer o cristianismo”.

Em declarações ao Jornal “Daily Telegraph”, o arcebispo anglicano de Sydney, Peter Jensen, disse que esta iniciativa é um “desejo intelectualmente absurdo porque elimina Cristo da Historia da Humanidade.”

Segundo ele, isto “é um absurdo porque a vinda de Cristo continua sendo o ponto central da História e porque o termo ‘Era Comum’ não tem o menor sentido e conduz a erros de interpretação”.

Fonte: http://www.gaudiumpress.org/view/show/29544
 
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Berlim proíbe cartazes de boas-vindas ao Papa
Organização católica apelará à sentença do tribunal

BERLIM, quinta-feira, 8 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – As autoridades de Berlim fizeram todo o possível para proibir que uma organização católica espalhasse grandes cartazes de boas-vindas ao Papa, cuja viagem está programada para o final deste mês, no histórico distrito central da cidade.

Credo, um grupo sem fins lucrativos, propôs reutilizar os painéis erigidos para a campanha da chanceler Angela Merkel, pertencente à União Democrática Cristã, antes das eleições gerais de 18 de setembro, segundo informa a agência France-Press.

No entanto, nesta terça-feira, um tribunal administrativo se opôs à proposta, indicando que tais painéis poderiam acabar sendo antiestéticos, fatores de distração para os motoristas e causadores de acidentes de trânsito.

Os grandes painéis, de quase 10 m², não são permitidos normalmente no distrito Mittle, com exceção das campanhas eleitorais e “por razões de abrumador interesse público”, que é determinado pelas autoridades locais.

Credo, fundado por Christoph Lehmann, declarou que pretende apelar desta decisão.

No próximo dia 22 de setembro, Bento XVI viajará à Alemanha pela terceira vez no seu pontificado. Visitará o santuário mariano de Etzelsbach e as cidades de Berlim, Erfurt e Friburgo em Brisgóvia.

O Papa presidirá mais de 24 atos, além de participar de várias reuniões privadas e refeições. Dará 18 discursos.

O Pontífice, de 84 anos, programou encontros com a chanceler e o presidente da Alemanha, com os líderes das comunidades judaicas, muçulmanas, ortodoxas e evangélicas, além de presidir um encontro juvenil no qual se realizará uma Missa pública no estádio olímpico da nação.
 

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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