Os jornais americanos noticiaram que grupos de ateus estão se mobilizando para impedir decoração natalina em locais públicos nos Estados Unidos, em um movimento batizado “Guerra ao Natal”.
Nos EUA, os ateus, como no Brasil, são um grupo pequeno – apenas 2,4%, entre 73% da população que é cristã, segundo dados de 2012 do Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública. Mas, essa minoria é gritante e quer impor à maioria uma “ditadura da minoria”, que hoje parece estar virando moda. Mesmo que a democracia (governo do povo, da maioria) seja a predileta dos americanos, ainda assim, a minoria quer se impor.
Mesmo sendo minoria, eles têm conseguido vitórias importantes em tribunais americanos – e na época do Natal querem marcar presença pública e impedir que a esmagadora maioria viva de acordo com seus valores. Por exemplo, em novembro, uma juíza de Santa Mônica, comunidade costeira de 90 mil habitantes próxima a Los Angeles, na Califórnia, proibiu toda e qualquer manifestação natalina em um parque da cidade, quebrando uma tradição de mais de 60 anos. William Becker, advogado de um grupo de igrejas cristãs, disse ao Los Angeles que a decisão da juíza de Santa Mônica foi “uma vergonha para o Natal”. “Pôncio Pilatos era exatamente o mesmo tipo de administrador”.
Outro caso inédito aconteceu na cidade de Leesburg, no Estado da Virgínia: para descaracterizar o Natal, as autoridades decidiram patrocinar uma exibição no gramado do fórum local durante a época de festas de final deste ano com símbolos seculares e religiosos.
O pior é o desrespeito que está se gerando contra a religião. As exposições dos grupos ateístas começaram a ser consideradas pela comunidade como muito ofensivas, pois debochavam das religiões ao exibir, por exemplo, um esqueleto vestido de Papai Noel preso a uma cruz.
Hemant Mehta, diretor da Foundation Beyond Belief (Fundação Além da Crença), afirmou que: “Ter um presépio em uma propriedade do governo dá a impressão de que esse promove o cristianismo, e isso é ilegal, segundo a Constituição”, disse à BBC Brasil.
Mehta diz que agora mudaram de tática para enfrentar o Natal: “Em vez de fazer o que sempre fazíamos e processar os governos locais, algo que exige tempo e dinheiro, agora exigimos nossas próprias exibições nos mesmos espaços”. Ele acredita também que a internet teve um papel importante para aumentar a fileira dos ateus no país. Ela ajudou aos ateístas a “saírem do armário”.
Charles C. Haynes, do Religious Freedom Education Project (Projeto de Ensino sobre Liberdade Religiosa),
no jornal Washington Post, pediu aos ateístas “aceitarem a vitória e ficarem em casa para dar espaço às celebrações de Natal”. Para ele táticas agressivas se tornam contraprodutivas e desnecessariamente divisivas”.
É de se perguntar, por que a celebração do Natal pode ofender alguém? Jesus é o símbolo da bondade, do amor ao próximo, da justiça, da liberdade, da paz. Que ofensa pode gerar uma criança tão inocente numa manjedoura pobre cercada de simples animais. O que está por traz dessa “Guerra ao Natal”. Nós cristãos, a imensa maioria da América, estamos apenas comemorando o nascimento do grande Menino. Em seu nome a América foi descoberta, colonizada, evangelizada.
Os ateus devem ser respeitados em seu direito de não querer acreditar em Deus, mas precisam aprender a respeitar a imensa maioria que crê em Deus e no seu Filho amado Jesus Cristo. O interessante é que não se vê uma guerra contra as outras religiões. Será que o último preconceito social aceito é o anti-cristianismo?
Prof. Felipe Aquino