O Ministério Público Federal, como sabemos, através do procurador Jefferson defende a retirada da frase ‘Deus seja louvado’ das notas de dinheiro. Expressão foi introduzida em 1986, quando o presidente era José Sarney, hoje presidente do Senado.
Ao tomar conhecimento da proposta descabida do procurador federal, José Sarney se manifestou em 13 de novembro de 2012. Para ele a polêmica é fruto da “falta do que fazer”. E disse ainda ter “pena” dos ateus. “Eu acho que é uma falta do que fazer, porque, na realidade, precisamos cada vez mais ter a consciência da nossa gratidão a Deus por tudo o que ele fez por todos nós humanos e pela criação do universo. Nós não podemos jamais perder o dado espiritual. Eu tenho pena do homem que na face da terra não acredita em Deus”, afirmou.
A justificativa da procuradoria é de que o Estado brasileiro é laico e deve se desvincular de manifestações religiosas. Além disso, segundo o MP, a expressão privilegiaria uma religião em detrimento das outras. No inquérito, a Casa da Moeda informou ao órgão que cabe ao Banco Central a emissão e a “definição das características técnicas e artísticas das cédulas”. Em 1994, a frase foi mantida pelo ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, supostamente por ser “tradição da cédula brasileira”, apesar de ter sido inserida há poucos anos, diz. Para o Banco Central o fundamento legal para a existência da frase nas cédulas é o preâmbulo da Constituição, que afirma que ela foi promulgada “sob a proteção de Deus”. O Estado é laico, não professa uma fé, mas o povo brasileiro em sua esmagadora maioria é crente, católico ou protestante, e precisa ser respeitado, porque numa democracia, quem faz a lei é a maioria, o povo, sem claro, que as minorias sejam esmagadas. Dar preferência à maioria, que paga impostos, não quer dizer esmagar e desrespeitar as minorias; senão, nenhum lei poderia ser aprovada, pois sempre haverá uma minoria contra ela.