”Direitos da liberdade individual não justificam os crimes contra a vida”, adverte D. Walmor

 
BELO HORIZONTE, 27 Nov. 10 / 08:00 am (ACI).- Em um recente artigo, publicado em diversos meios católicos, o Arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo destaca “A vigília pela vida nascente convocada pelo Papa Bento XVI” celebrada hoje no mundo inteiro cujo “propósito é congregar todos os que creem em Deus: homens e mulheres de boa vontade, governantes e diferentes segmentos da sociedade, em torno da importância da vida”. No seu escrito Dom Walmor adverte que não existe um direito ao aborto e que os direitos da liberdade individual não podem dar justificativas para crimes contra a vida nascente.

Falando sobre a Vigília, Dom Walmor afirma que “essa iniciativa será vivenciada em celebrações e vigílias eucarísticas, nas catedrais, igrejas grandes e pequenas, conventos, em todos os lugares possíveis. É a vida, em todas as suas etapas, desde a fecundação até a morte com o declínio natural, colocada no horizonte da fé e da espiritualidade; para assim ser iluminada pela força da presença amorosa daquele que é o seu único Senhor e sua fonte, Deus”.

Vigília pela Vida
“Especial atenção recai sobre a vida nascente. Há uma urgente e permanente necessidade de se retomar a referência de valores morais e evangélicos. Somente assim é possível iluminar consciências, livrando-as de relativismos éticos, a exemplo dos absurdos que desconsideram a vida nascente na tentativa de justificar a abominável prática do aborto, um atentado à vida – contra a vida inocente. A vigília pela vida nascente é oportunidade para reforçar a missão e o compromisso que a Igreja Católica tem no anúncio do Evangelho, no contexto próprio da sociedade contemporânea”, asseverou Dom Oliveira.

Dom Walmor também ressaltou que “a vida não pode ser tratada apenas à luz das necessidades da realidade material. É claro que é importante considerar as incontáveis urgências – entre elas a superação dos graves problemas de moradia, de saúde, de trabalho, das estradas”.
A vida, nas palavras do prelado, “não pode ser tratada, particularmente na sua etapa nascente, somente como questão de saúde pública”.

“A vigília pela vida nascente é um momento de vivência litúrgica e espiritual para recompor o tecido esgarçado da consciência moral contemporânea. Realidade que traz, por isso mesmo, comprometimentos sérios, desde a tragédia dos abortos – assassinato de inocentes – até atingir as situações complexas da violência que vai dizimando pessoas, especialmente os jovens”, destacou.

Recordando a triste realidade da violência o arcebispo salientou:
“Vive-se um clima de terror nas cidades, mesmo quando ela é maravilhosa, provocando o medo e tirando a paz. A segurança pública é questão de estratégia e de infraestrutura diante dos desafios da decomposição moral que cria a cultura do desmando, do tráfico de drogas, de pessoas, de influências”.

“Há urgência na retomada de valores morais que não podem ficar desconhecidos – são eles que devem determinar a dinâmica da vida. Assimilados na consciência moral esses valores darão forma e contorno às práticas sociais, políticas, familiares e à conduta pessoal. As degradações contemporâneas configuram muitos itens que precisam ser enfrentados adequamente. A consciência moral é o ponto de equilíbrio de toda cidadania, luz e fonte da vida. É o coração da vida vivida como dom. Uma consciência moral esgarçada é um permanente atentado à vida”, afirmou também Dom Oliveira de Azevedo.

Finalmente Dom Walmor recorda que “Essa vigília pela vida nascente é oportunidade para ecoar nos corações a palavra do Senhor Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância””.

“É inaceitável qualquer ameaça à dignidade e à vida humana. Há uma situação cultural que precisa ser confrontada com os valores morais para que não se justifiquem os crimes contra a vida em nome dos direitos da liberdade individual, ou impunidades autorizadas pelo Estado com a colaboração gratuita dos serviços de saúde”, advertiu o arcebispo de BH quem recordou que “a Igreja tem tarefas e responsabilidades diante da grave derrocada moral. Os condicionamentos que ofuscam a consciência precisam ser confrontados com a oferta da distinção entre o bem e o mal”.

“A vigília pela vida nascente é passo importante e compromisso no caminho para a edificação da autêntica civilização da verdade e do amor”, conclui Dom Walmor de Olveira.
 

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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