Existem
inclusive grupos de cristãos que justificam a pedofilia
ROMA,
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) –
Cuidado com as redes sociais, pois são cada vez mais utilizadas por pedófilos:
é o grito de alarme lançado ontem por Fortunato Di Noto, o padre fundador da Associazione
Meter (www.associazionemeter.org),
que desde 1989 luta para promover os direitos e a proteção das crianças, mas
também para prevenir e ajudar as vítimas de abusos sexuais.
Por ocasião
da publicação da mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações
Sociais de 2011, dedicada ao fenômeno da internet e suas oportunidades, o
sacerdote siciliano recordou novamente o problema da pedofilia no mundo
digital.
“O
Papa está certo sobre a possibilidade de relacionamentos positivos por meio da
internet – disse Di Noto. Porque a Web é um dom de Deus, certamente. Mas o uso
que o homem faz dela cria muitos perigos, dos quais devemos nos
resguardar.”
E explicou:
“Dentro de alguns dias, vamos publicar o nosso relatório com todos os
sites e as preferências dos pedófilos que observamos e denunciamos em 2010.
Posso dizer que, de 1º de janeiro até hoje, já foram registradas 17 comunidades
de pedofilia em redes sociais, com um total de 1386 usuários”.
“Isso
significa – disse – um total de 1.738 fotos, que correspondem a cerca de mil
crianças envolvidas e 15 vídeos. Tudo isso a apenas 17 comunidades!”
Desde o
início de 2011, a
Associação Meter fez um total de 1.652 denúncias sobre outros muitos sites e
referências. “Não faltam – acrescentou Di Noto – também vários suspeitos
italianos.”
Além disso,
explicou à ZENIT o fundador da associação, “um aspecto que temos
acompanhado muito é a presença online de indivíduos que promovem a pedofilia
como um ato legal, declarando a sua legitimidade e afirmando que os adultos
podem fazer o bem às crianças, ‘amando-as e vivendo com elas relações afetivas
e sexuais'”.
“É um
fenômeno amplamente difundido no mundo; não há nenhum país que não tenha
representantes deste ‘movimento paralelo’ – sublinhou. Existem até mesmo grupos
de cristãos, desde 1998 – a quem nossa associação denuncia repetidamente -, que
fundaram a ‘Igreja dos cristãos pedófilos – boylovers’: uma verdadeira e
genuína aberração evangélica e intelectual.”
“É uma
esquizofrenia social – disse o padre -, que fere o direito mais básico dos
pequenos e frágeis. É um aspecto já publicamente denunciado (também através da Rádio
Vaticano) e sobre o qual ninguém levanta sua voz para dizer: ‘Onde estamos
chegando e o que devemos fazer?’.”
“O
mais impressionante – relatou também – é a falta uma cooperação internacional
eficaz, o que acaba atrasando as ações de comprovação por parte dos
governos.”
“Nossa
associação – concluiu – está cada vez mais comprometida, com a Igreja e com a
sociedade, para promover os direitos das crianças; e estamos totalmente
disponíveis para todas as dioceses do mundo, para promover uma educação
pastoral que saiba educar cada vez mais na beleza da vida e no uso responsável
dos meios de comunicação.”