Contestações ao Concílio Vaticano II

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Algumas vezes se ouve contestações ao Concílio por parte dos tradicionalistas seguidores do bispo excomungado D. Lefebrve. Esses querem dizer que o Concílio foi um “rompimento com o passado da Igreja”, ou abertura para outras coisas negativas na Igreja.

Por outro lado, há os “avançadinhos” que querem usar os textos do Concílio para defender suas teses de uma “igreja democrática” nascida “do povo”, e não do Cristo.

Na verdade o Concílio Vaticano II foi uma grande bênção para a Igreja como atestaram os papas João XXIII, Paulo VI e João Paulo II. O último se referiu a ele como sendo “uma primavera para a Igreja”. Ele disse:

“Graças ao sopro do Espírito Santo, o Concílio lançou as bases de uma nova primavera da Igreja. Ele não marcou a ruptura com o passado, mas soube valorizar o patrimônio da inteira tradição eclesial, para orientar os fiéis na resposta aos desafios da nossa época”. (L’Osservatore Romano, 15/10/95). Alguém teria coragem de contestar essas palavras de São João Paulo II?

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Em 2005, o Papa Bento XVI celebrou no dia da Imaculada Conceição os quarenta anos do encerramento do Concílio Vaticano II, o qual definiu como “o maior acontecimento eclesial do século XX”. É preciso dizer mais? O Papa disse:

“Hoje podemos voltar nosso olhar com gratidão ao Concílio Vaticano II: se lemos e recebemos guiados por uma hermenêutica adequada, pode ser e será cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja”.

No nome de Maria, João XXIII inaugurou o Concílio Ecumênico em 11 de outubro de 1962 e, em nome da Virgem Imaculada, Paulo VI o encerrou em 8 de dezembro de 1965, recordou o Papa Bento XVI em uma aplaudida homilia.

Em 2007, o Secretário do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Dom Agostino Marchetto, disse que o Concílio Vaticano II é uma “síntese entre a tradição e a renovação”; e não está aberto a interpretações livres, como afirma a chamada Escola de Bologna iniciada pelo Giuseppe Alberigo.

“O Concílio Vaticano II foi um grande evento, síntese entre a tradição e a renovação que não é uma ruptura com o passado, na criação de uma nova Igreja”, indicou o Prelado em Ancona, durante um encontro sobre a Igreja Católica no século XX, nesta localidade.

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Quando o Catecismo fala da infalibilidade que Jesus dotou a Igreja, ele diz:

§891 – “Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do Colégio dos Bispos, por força do seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis, e encarregado de confirmar seus irmãos na fé proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé e aos costumes (…). A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro”, sobretudo em um Concílio Ecumênico (LG 25; Conc. Vat. I, DS 3074).

Ora, se a infalibilidade da Igreja reside no Corpo episcopal reunido em Concílio Ecumênico, como, então, alguns católicos ainda ousam levantar a voz contra este Santo Concílio?

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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